Um histórico de agressão, violência inclusive com uma tentativa de homicídio praticada anteriormente. É assim que uma das filhas de Marilena Pereira Rocha define a convivência com o pai, o policial militar reformado, Pedro José de Oliveira. Ele é réu por assassinar a ex-mulher a tiros no Mocambinho em 26 de janeiro deste ano e hoje passa audiência de instrução sobre o caso.
De acordo com Yaskalla Maria Rocha, filha mais velha da vítima, Pedro já havia tentado matar Marilena anteriormente. Ela só conseguiu se salvar dos tiros porque correu para a casa de uma vizinha. Desde então, o PM vinha acompanhando a rotina da vítima, inclusive rondando a casa que ela vivia com os filhos. As imagens abaixo mostram Pedro José um dia antes do crime
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Yaskalla Maria conta que Marilena e Pedro José haviam se separado há mais de 20 anos e que as poucas lembranças que tem do pai são as agressões praticadas por ele contra a mãe e até contra os filhos. Desde então, o único contato que tinham era por meios judiciais nos processos movidos por Marilena contra o PM em razão das ameaças que recebia dele.
“Não tínhamos proximidade nem como filhos e nem como pessoa. Eu creio que ele nem reconhece a gente fisicamente. Os únicos contatos que tínhamos era mediante a justiça porque ele sempre entrava na Vara da Família tentando cessar o pagamento da pensão dela. E dentro de casa ele era muito violento. As recordações que temos é de muita agressão e essa não foi a primeira vez que ele tentou tirar a vida da nossa mãe. Ele tinha histórico agressivo não só com ela, mas com os filhos”, relata Yaskalla.
Pedro José de Oliveira passa por audiência de instrução hoje - Foto: Reprodução/Rede Social
Reunida para acompanhar a audiência de instrução de Pedro José de Oliveira, a família de Marilena espera que os encaminhamentos sejam favoráveis ao julgamento do PM pelo tribunal do júri e que ao fim do processo ele seja condenado pelo feminicídio cometido. Os filhos pedem uma resposta da justiça e que o caso vire mais um exemplo de que este tipo de crime não passará impune.
“Nosso sentimento é de que a justiça seja feita para dar uma resposta para a família e para a sociedade, porque um crime como esse não pode ficar impune. Precisamos de uma resposta e que ela seja positiva para aplicação da lei a quem fez tanto mal para a gente”, finaliza Yaskalla.