O pré-candidato ao governo do Piauí, Sílvio Mendes (União Brasil), amenizou a perda de prefeitos que a oposição sofreu nos últimos meses e a consequente filiação desses gestores municipais a partidos da base do governo. Para ele, os governistas protagonizam um "assédio" aos prefeitos, mas faz as contas de que as oposições nos municípios podem garantir a disputa acirrada para o Palácio de Karnak.
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“Eu não tenho prefeitos. Eu tenho prefeitos que nos apoiam. Isso não é propriedade de ninguém. Prefeito é um líder de uma determinada cidade que virou um líder eleito e escolhido pela sua população. Tem cidade que o prefeito e a oposição são muito próximos do ponto de vista de simpatizantes. Tem prefeito que ganhou por 140 votos, como é o caso de Piripiri”, exemplificou.
Foto: Jailson Soares / O Dia
Perguntado se seria possível uma aliança com o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, Sílvio Mendes deixou uma mensagem cifrada, onde falou sobre interesse público acima dos interesses pessoais, mas esclareceu que não pode abandonar seus princípios e sua trajetória por conta da eleição, deixando a entender que não espera apoio do gestor da capital.
“Não posso ter uma conveniência minha que vá contra o interesse público. Eu não posso criar um conceito ao longo da minha vida e hoje por uma questão de conveniência, porque eu deva ter uma obsessão para ser governador, que eu não tenho, nunca tive. Não tenho saudade do poder. Fazer qualquer concessão, não faço”, falou.
Sílvio Mendes reforço que está à disposição para a disputa, porém, não tem apego ao poder e não irá lamentar em caso de resultado negativo na eleição de outubro. “Se a maioria dos piauienses entender de outra forma (eleição de Rafael), não vou lamentar. Será aceito sem derramar uma lágrima. Ou vou cuidar da minha vida ou vou cuidar do Piauí”, comentou.