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Comunicação e atitude em liderança: como ter bons resultados e alcançar o sucesso

Você já parou para pensar na importância da comunicação para a transformação de pessoas e para a construção de uma postura de liderança no ambiente organizacional? É isso que o autor do livro “A Revolução do Pouquinho”, o especialista em atitude e comunicação para a Liderança, Eduardo Zugaib, explicou durante o podcast apresentado por Renata Lourdes, presidente da ABRH Piauí (Associação Brasileira de Recursos Humanos do Piauí). Zugaib foi um dos palestrantes do X Congresso de Gestão de Pessoas do Piauí, que ocorreu nos dias 23 e 24 de novembro, no Sesc Cajuína.

Confira o podcast na íntegra no vídeo abaixo:

Segundo ele, a comunicação é essencial quando se quer engajar a equipe e construir bons resultados em um ambiente organizacional. Se não houver a preocupação com a comunicação, em como se está sendo ouvido e percebido pela equipe, e, ao mesmo tempo, como se está ouvindo e percebendo o outro, as relações tendem a empobrecer e, como diz o especialista, “desidratar”. Muitas das suas percepções, segundo ele, vêm da sua própria experiência trabalhando como publicitário.

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Podcast apresentado por Renata Lourdes, presidente da ABRH Piauí

“Por mais vezes que você conseguisse fazer uma bela campanha, colocar o cliente da empresa, muitas vezes encontrava uma equipe sem tônus, sem energia, sem qualquer entendimento do que fazia, totalmente desalinha, protocolos de atendimento completamente enviesados, e percebi que tinha um grande gap, né? [Percebi que podia] levar isso no nível de compreensão para que lideranças conseguissem transformar a comunicação de uma coisa desejada, numa competência percebida, pela qual ele é bem avaliado. Comunicação hidrata a liderança”, explica.

Um dos elementos que o palestrante destaca na perspectiva da comunicação é a presença, porque um líder precisa saber se posicionar. De acordo com Zugaib, a presença é o fator principal que assegura a construção de performance. Não adianta, por exemplo, ser um bom comunicador no dia da contratação ou durante a confraternização da empresa, é preciso pensar no “quanto”, o quanto de comunicação é suficiente para construir um ambiente de confiança, seguro, com base naquilo que é real.

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Eduardo Zugaib, especialista em atitude e comunicação para a Liderança

“Eu acho que o líder tem justamente que trazer a realidade e transformá-la em uma perspectiva positiva. Não é iludindo, não é mentindo, não é omitindo que o líder consegue isso. Antes, você conseguia isolar os campos de comunicação, tinha uma mensagem para o acionista, uma mensagem para o funcionário, uma mensagem para o cliente, uma mensagem para o mercado. Hoje não. Hoje, se a mensagem que eu mando para o mercado não encontra eco no campo dos funcionários, alguém vai demolir essa parede de papel”, afirma.

Por isso, Zugaib destaca que é preciso entender que a comunicação ajuda a construir um mundo de coerência, acima de tudo. Do contrário, o risco é a organização criar uma falsa percepção de que “está tudo bem”, e fingir que aquela percepção está sendo aceita pelo funcionário e pelo cliente. No fim, ao fazer um balanço, a empresa irá perceber que a realidade não condiz com aquilo que está sendo pregado. “A gente chega no final do ano e enxerga uma realidade que não condiz com esse fingimento todo. Porque o número não mente, o número é preciso”, destaca.

Nesse sentido, a organização deve garantir que a experiência do cliente esteja no centro de todos os processos e a equipe esteja bem posicionada e preparada, com uma liderança forte. É o que explica no seu livro “A Revolução do Pouquinho”, em que o especialista dá uma trilha de 21 atitudes, incluindo a comunicação, que ajuda a entender o campo prático cotidiano para tirar a mudança da perspectiva do evento e transformá-la em processo, em prática percebida no cotidiano.

“No mundo de hoje, na velocidade em que a gente vive, em que as crises acontecem em intervalos cada vez mais curtos e em intensidades cada vez maiores, se a gente não tiver uma construção de comportamento que vai configurar na cultura viva da empresa e hidratada cotidianamente, o risco da gente ficar pelo caminho é muito grande. O risco da empresa se diluir pelo caminho e exigir da liderança um esforço mais descomunal para manter uma equipe mesmo que esteja tendo um resultado final. Mas a que custo está saindo esse resultado? A que custo humano está saindo esse resultado? Não adianta olhar só a meta, tem que olhar todos os outros indicadores”, esclarece.

É por isso que, para ele, não basta entender a importância da comunicação para o sucesso da organização, é preciso transformar em execução através de pequenas atitudes cotidianas aliadas ao autoconhecimento, a criatividade, ao planejamento, dentre outras. A ideia, segundo Zugaib, é sempre criar o máximo de aderência e tirar da subjetividade algumas competências e atitudes.

“Se você fala ‘vamos ter foco”, eu posso entender foco de um jeito, você de outro, cada pessoa pode ter uma intepretação de foco, mas como é essa ideia de foco dentro do desenho do nosso negócio, dentro da nossa realidade compartilhada? Alinhando o jogo, porque quando você fala de atitude, invariavelmente ela para no campo da subjetividade, e cada um atira para um lado. O líder precisa fazer essa compreensão se tornar uma compreensão única, uma verdade única e compartilhada e alimentada pelas competências de cada pessoa”, acrescenta.

Uma empresa com cultura forte, com pessoas alinhadas e engajadas em realizar os processos de forma eficaz para ter resultados extraordinários é algo que deve ser construído no dia a dia, avaliando as derrotas e vitórias, fazendo com que a equipe entenda qual é o seu papel dentro da organização.

“Quando você fala de sinergia, você está falando de coração e razão apontando para a mesma direção. E aí, sim, o campo das pequenas atitudes começa a fazer sentido. É a partir dessa premissa que a gente tem construído resultados com empresas, públicas, privadas, dos diversos setores, porque a gente fala de comportamento, fala de atitude e o campo de atitude tem que estar em todo lugar, onde tem gente, a gente tem que ter clareza disso”, finaliza.