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Motorista de app que levava músico faz vaquinha para pagar despesas: ‘Estou traumatizado’

O jovem Francisco Valdéris Camilo Sousa, de 26 anos, era o motorista que conduzia o carro por aplicativo solicitado pelo músico Carlos Henrique de Araújo, que morreu na madrugada da última quinta-feira (30). O veículo onde os dois estavam foi atingido violentamente no cruzamento das avenidas Presidente Kennedy com Dom Severino, zona Leste de Teresina. 

Reprodução
Motorista de app que levava músico faz vaquinha para pagar despesas

Em entrevista ao O Dia, Francisco relatou como foi o acidente. Ele, que trabalha como motorista de aplicativo há apenas um ano, conta que tudo ocorreu muito rápido. 

“Eu busquei o Carlos na Boate 309, na Homero. O destino dele era próximo à minha residência e como eu já estava encerrando o expediente, resolvi pegar a corrida. A colisão aconteceu quando eu estava cruzando na Kennedy, e foi tão rápido que nem cheguei a ver o momento em que o outro carro bateu na gente. Depois disso, eu não sei dizer exatamente o que aconteceu, pois tenho apenas flashs do momento”, lembra.

Francisco comenta que ficou desacordado por alguns segundos após o acidente. Ao acordar, ele ouviu disparos de arma de fogo, o que o fez sair correndo de dentro do veículo e atravessar a avenida. 

“Tenho a impressão de que fiquei inconsciente momentaneamente. Quando ouvi os barulhos de tiro, a minha reação foi correr em direção à farmácia que tinha do outro lado da avenida. Só depois que a situação se acalmou é que fui procurar o passageiro. Ele já não estava mais dentro do veículo e as pessoas que se encontravam no local informam que havia uma pessoa no chão, desacordada. Era o músico”, relata.

Mesmo com a forte colisão, o condutor não sofreu lesões graves. Ele chegou a ser atendido no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas teve apenas hematomas no abdômen e no ombro. “Graças a Deus eu não tive nada”, ressalta. 

Com o acidente, o carro de Francisco ficou totalmente destruído. Ele diz estar extremamente traumatizado com a situação e não sabe quando deve retomar o trabalho como motorista de aplicativo. O jovem decidiu fazer uma vaquinha online para conseguir arcar com as despesas do carro. 

“Eu ainda estou tentando digerir o que aconteceu, estou muito traumatizado e ainda não tenho coragem para voltar a dirigir. Criei uma vaquinha para tentar, pelo menos, sanar um pouco do prejuízo que tive com o carro. Não sei se vale a pena ajeitar [o carro] e ainda não sei direito o que vou fazer, mas ainda vou precisar pagar ele”.

Francisco Valdéris Motorista de aplicativo

Quem tiver interesse em contribuir com a vaquinha de Francisco pode acessar o site ou realizar uma doação por meio do PIX 4861996@vakinha.com.br ou 86999167430 (Francisco Valdéris Camilo Sousa). 

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