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Operação Laje: prédio abandonado servia como sede de facção no Alto da Ressurreição

A Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão a Ações Criminosas (Draco), deflagrou uma operação para desarticular facções que atuam em Teresina. A ação foi batizada de Operação Laje e se concentra na região do bairro Alto da Ressurreição, zona Sudeste de Teresina, onde estão sendo cumpridos pelo menos 30 mandados judiciais de busca. Até o momento, ao menos 10 pessoas foram conduzidas.

Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco, os detidos são integrantes de facções criminosas e utilizavam um prédio abandonado como esconderijo e ponto de venda de entorpecentes.

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Divulgação/SSP-PI

“No decorrer das nossas investigações, identificamos que utilizavam o espaço tanto para residir, como para se esconderem das Forças de Segurança. O prédio inacabado se trata de uma propriedade privada que estava sendo utilizado pela marginalidade que atuava com o crime de tráfico de drogas na região”, disse o delegado, destacando que o proprietário do prédio será notificado pela Secretaria de Segurança para adequar o imóvel às normas estaduais e municipais e, assim, evitar que o prédio seja novamente utilizado para fins ilícitos. 

Assis Fernandes/O Dia
Delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco

Além das prisões, a polícia também fez apreensões de armas, entorpecentes, dinheiro e anotações que fazem referência às organizações criminosas. O material está sendo contabilizado para ser levado para a sede do Draco. Os presos estão sendo encaminhados para exame de corpo de delito no IML.

O delegado Chales enfatizou ainda alguns dos envolvidos que foram detidos estavam foragidos da justiça por outros crimes, e que muitos já estavam sendo monitorados pelo Departamento de Inteligência da SSP.

“Quase todos os conduzidos serão autuados por já responderem por outros crimes. Eles controlavam o crime na região e causavam terror na população fazendo ameaças para demonstrar o poder que tinham”, acrescentou.

O coordenador da Draco destacou que a operação não encerrou e que novas ações serão intensificadas no local. “Vamos apagar as pichações no local que fazem referências às facções criminosas, e as famílias passarão por um processo de cadastro, para serem incluídas em um programa habitacional em programas do Governo Federal. A SSP tem uma diretoria que atua na parte social, de levar políticas sociais para essas pessoas que não têm envolvimento com a criminalidade, mas residem nos arredores desses grupos”, concluiu Charles Pessoa, delegado da Draco. 

Divulgação/SSPI-PI