Dois policiais militares foram presos na 19ª fase da Operação Interditados, acusados de repassarem informações da polícia a investigados pelo roubo e furto de celulares em Teresina. Os agentes da segurança se utilizavam do acesso a informações privilegiadas para consultar os números de IMEI's de celulares e vender os dados a receptadores de aparelhos roubados. Os investigados cobravam R$ 10,00 por cada consulta.
Esta não é a primeira vez que agentes da segurança são presos por condutas ilícitas relacionadas ao roubo e furto de celulares em Teresina. Na 17ª fase da Operação Interditados, deflagrada em 24 de abril, um outro policial militar também foi detido vender informações sigilosas a investigados.
Em nota, a Secretaria de Segurança deu detalhes de como os militares presos nesta segunda (13) agiam. Foi recebida denúncia anônima informando que um policial militar estaria supostamente envolvido na prestação de serviços ilícitos a comerciantes de aparelhos telefônicos. Foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do PM, onde se constatou o envolvimento dele no crime. No local, a polícia apreendeu uma arma de fogo ilegal.
Durante a ação, a polícia encontrou também indícios do envolvimento de mais um PM na utilização das plataformas exclusivas das forças de segurança para obtenção de vantagens econômicas. Os militares recebiam dinheiro de investigados para fornecer dados e verificar a situação de aparelhos celulares.
No decorrer das investigações, a Polícia Civil identificou dois indivíduos como "clientes" dos policiais. Os dois possuem antecedentes criminais relacionados à receptação qualificada de aparelhos celulares roubados ou furtados.
Em nota, a SSP destacou que a conduta dos PM's é "diametralmente oposta àquela esperada dos agentes de segurança, pois, ao invés de agirem no combate à criminalidade, envolveram-se em atividades criminosas e acobertaram ações ilícitas".
A Secretaria de Segurança reiterou o compromisso com a repressão ao crime e reiterou que ações como as da Operação Interditados visam desestimular a comercialização de produtos de crime e incentivar as pessoas a denunciarem atividades suspeitas, contribuindo para a segurança da sociedade.
Já a Superintendência de Operações Integradas (SOI) reafirmou que está empenhada em garantir a integridade e a confiança da população e que "a atuação criminosa de alguns indivíduos não representa a conduta padrão das forças de Segurança do Estado".