Imagine chegar em casa após um dia de trabalho e se deparar com lama, sujeira e mau cheiro. Essa é a realidade dos moradores que residem na rua Alaíde Paz do Nascimento, conhecida como ‘Rua da Lama’. Localizado no bairro Parque Sul, na zona sul de Teresina, o local mais parece uma galeria a céu aberto. Por conta do acúmulo de água em frente às casas, muitos residentes da região estão vendendo ou deixando seus imóveis.
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“As pessoas estão abandonando as suas casas e vendendo aquilo que lutaram a vida toda para construir. Não temos mais tranquilidade para ir para nossas casas. Quando chove, quem está na rua não consegue entrar em casa, e quem está dentro de casa não consegue sair, pois o volume de água é muito grande”, explica o vice-presidente da Associação de Moradores do bairro, Evandro Marques.
Imagens feitas pela equipe de reportagem do O DIA mostram o cenário em péssimas condições de tráfego tanto para veículos quanto para pedestres. A situação se agrava ainda mais quando o período chuvoso começa.
De acordo com Marques, já foram encaminhadas diversas denúncias à Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas Sul (SAAD Sul). “Eles dizem que precisa ser feito um sistema de drenagem que custa milhões. Até lá, precisamos de uma solução, mesmo que seja paliativa, mas que resolva nosso problema. Nós sofremos com lama e diversos problemas, acabamos ficando à mercê e sem saber o que fazer”, destacou.
O acúmulo de água parada contribui ainda para o aparecimento de doenças, ameaçando a saúde e bem estar dos moradores da região. Vivendo há 12 anos na ‘Rua da Lama’, Ademir Silva comenta que, a cada ano que passa, a situação se agrava ainda mais. “O poder público vai postergando a melhoria da rua. Já abri vários protocolos, mas não temos uma resposta”, disse.
Além deste problema, um poste de energia elétrica também está ameaçando cair no local. Sobre o assunto, a Equatorial Piauí informou que realizará uma visita técnica para inspecionar a estrutura do poste e realizar a substituição, caso seja necessário.
A reportagem do O DIA também entrou em contato com a SAAD Sul, que ainda não se posicionou sobre o assunto. O espaço permanece aberto para futuros esclarecimentos.