O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) repudiou, nessa sexta-feira (28), o afastamento do médico Jelson Rui Lima, de 29 anos, flagrado discutindo com pacientes no Hospital Regional João Luís de Moraes, em Demerval Lobão . O caso se tornou público na quinta-feira (27). Em um vídeo que circula nas redes sociais, o médico briga com pacientes que estavam aguardando para serem atendidos e na gravação chega a afirmar que: “Se frescar, eu não atendo mais ninguém”.
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Em nota, o sindicado disse que analisou o vídeo e o que profissional exercia as suas atribuições atendendo casos de urgência e emergência, "quando foi pressionado pela paciente, que exigia imediato atendimento, à qual o médico, claramente exaltado pela sobrecarga de trabalho e pela infundada pressão sofrida, declarou que estava respeitando a ordem legal de atendimento aos pacientes". O Simepi apontou ainda que as declarações do profissional teriam sido causadas pela pressão do trabalho.
Reprodução/Redes Sociais
"Vê-se que a reação exaltada do profissional é mais uma das nefastas consequências da sobrecarga de trabalho e de atendimento nos plantões médicos, onde não há médicos e nem leitos suficientes para a excessiva demanda. As razões expostas pelo médico, ainda que de forma inflamada, foram corretas", completa.
O Simepi declarou ainda que vem denunciando as más condições de trabalho nos plantões em razão do funcionamento dos serviços de atenção básica na saúde pública, que, de acordo com o sindicato, sobrecarregam os serviços de urgência e emergência e o número de atendimentos. A entidade informou que lançou recentemente uma campanha "Plantão médico não é consulta" para alerta o problema.
Por fim, o órgão recomendou que o médico tenha acompanhamento mental e psíquica pelo empregado. "Recomendamos, ainda, de forma URGENTE, aos gestores, a melhoria das condições de trabalho do médico e das estruturas físicas adequadas para atendimento, a realização de concurso público imediato com um número de médicos adequado para a grande demanda e a garantia de segurança nos hospitais", finaliza.