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Veja lista de crimes já cometidos por homem suspeito de matar idosa no Parque Brasil III

Francisco Firmino de Assis, 48, o indivíduo preso nesta quarta-feira (23) por ser o principal suspeito de matar Maria de Jesus dos Santos, de 73 anos, encontrada amarrada dentro do banheiro da própria residência, já possuía - antes desta prisão - outras passagens pela polícia por crimes cometidos contra a ex-esposa, contra a própria filha. Ele chegou até a contrair empréstimos usando a documentação de outra pessoa. O Portal O Dia fez uma lista das ocorrências criminais que envolvem Francisco.

Divulgação / Redes Sociais
Francisco Firmino de Assis, suspeito do crime

Lesão corporal e ameaça contra ex-esposa em 2008

No dia 08 de novembro de 2008, o vigia fez ameaças e agrediu a ex-esposa, de iniciais S. S. S.. Ele chegou a ser denunciado pelos crimes de lesão corporal e ameaça. Francisco foi enquadrado na Lei nº 11.340/2006 (Violência Doméstica e Familiar contra Mulher). A denúncia foi recebida pela Justiça em 17 de junho de 2011. Porém, em 05 de outubro de 2018, foi determinada a suspensão do processo, que acabou prescrevendo.

Por conta da prescrição, Francisco Firmino de Assis não cumpriu a pena destes crimes. Como transcorreram mais de três anos após a sentença, a punição prevista foi alcançada pela prescrição, o que segundo a lei extingue a punição. A decisão foi assinada pelo juiz Edinildson Luciano Chagas Mourão da 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Teresina.

Estelionato e aquisição de empréstimo com documento falso em 2010

Em novembro de 2010, Francisco Firmino achou os documentos pessoais e cartões de crédito de Wellington José de Sousa. Em posse disso, ele contraiu um empréstimo no valor de R$ 8 mil no Banco do Brasil. O indivíduo também sacou a quantia de R$ 5 mil, comprou um aparelho de TV, um aparelho DVD, e através de um crediário no nome da vítima, adquiriu um fogão e dois aparelhos de telefone celular, além de um fogão por R$ 280,00. Por fim, fez um cartão em uma loja de vestuário com o qual comprou roupas e tênis.

O crime ocorreu no Banco do Brasil da Rua Álvaro Mendes, onde a vítima era correntista. Para realizar o empréstimo consignado, o acusado colocou a fotografia dele no lugar da fotografia da vítima na identidade, e contou com o descuido do funcionário na análise das assinaturas. No depoimento, Francisco Firmino de Assis revelou que os documentos da vítima foram pegos após ele visualizar o Welligton indo em direção à residência em que morava 'cambaleando' um pouco, ocasião em que observou que a vítima deixou cair sua carteira e, em vez de devolver o objeto, tomou posse dos pertences da vítima. No interrogatório policial, Francisco confessou a prática do estelionato.

Assis Fernandes/O Dia
Francisco Firmino contraiu empréstimo no Banco do Brasil usando documentos falso.

Estupro e tentativa de feminicídio da própria filha em 2015

Em novembro de 2015, a Polícia Militar registrou uma tentativa de homicídio no bairro Morada Nova, zona Sul de Teresina. Era mais um crime cometido por Francisco. Por volta das 13 horas, o indivíduo foi até a frente do CETI João Henrique de Almeida Sousa, onde a filha dele, de iniciais I. H. F. de A., estudava e efetuou dois disparos de arma de fogo. Ela foi socorrida a tempo por populares, foi encaminhada para o HUT e sobreviveu.

À Polícia e para a própria família, a garota afirmou que o pai a havia estuprado e ameaçava ela para que não contasse para ninguém sobre os abusos. Após ter denunciado para a família e depois de uma tentativa de estupro que a adolescente não aceitou, ele resolveu tentar matar a filha. “O homicídio teria acontecido justamente porque a família denunciou que ele vinha tentando abusar da jovem. Ao que consta, ele resolveu concretizar as ameaças que já vinha fazendo à menina e aos parentes dela caso alguma denúncia fosse feita”, explicou na época ao O DIA o Tenente Raimundo, do 6º BPM.

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Francisco declarou que comprou a arma por R$ 800,00. Ele foi preso horas depois da tentativa de homicídio no bairro Dirceu, zona sudeste da capital.

Mesmo com todos esses crimes cometidos, Francisco Firmino estava solto e agora cometeu um crime mais grave que os outros, que resultou na morte de Maria de Jesus. Desde o início das investigações, o caso estava sendo tratado como um possível feminicídio, levando em consideração algumas características do crime. A vítima estava no chão amarrada, com marcas de estrangulamento, com parte do rosto desfigurado e de outras agressões físicas pelo corpo.

E para a delegada Nathalia Figueiredo, que ouviu o depoimento do indivíduo, Francisco pode apresentar traços de psicopatia. "Ele foi colaborativo durante o interrogatório toda a história. Ele contou que já imaginava que seria preso. Então você vê a pessoa com um aspecto de psicopatia, porque ele não aparentava ter nenhum arrependimento em relação ao fato, praticou fatos similares contra a própria filha, a gente vê que é uma pessoa reincidente nestes crimes contra as mulheres", disse a delegada.

Arquivo O DIA
Delegada Nathalia Figueiredo

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