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“É uma pessoa com aspecto de psicopatia”, diz delegada sobre homem que matou idosa em Teresina

Francisco Firmino de Assis foi preso e, segundo delegada, ao prestar depoimento não demonstrou sinais de arrependimento.

24/10/2024 às 07h41

24/10/2024 às 07h41

Atualizada às 11h18min

Francisco Firmino de Assis prestou depoimento nesta quinta (24). Segundo a polícia, ele não apresentou qualquer sinal de arrependimento e tinha “aspecto de uma pessoa psicopata”. De acordo com a delegada Nathalia Figueiredo, coordenadora do Núcleo de Feminicídios, Firmino teria cometido o crime porque Maria de Jesus teria começado a lhe negar o cartão de crédito e o carro para que ele saísse. Os dois tinham um relacionamento há cinco meses, segundo a família da vítima.

“Eu questionei a ele, já que ele tinha acesso às coisas da vítima e ela por vezes saía de casa e deixava ele sozinho, por que ele só não levava os objetos sem ceifar a vida dela. Para gente ficou claro que além de levar o que ela tinha, ele tinha sim a intenção de matar. Durante o interrogatório ele foi colaborativo e contou toda a história. Contou inclusive que já imaginava que seria preso. Então você uma pessoa com um aspecto de psicopatia, porque ele não aparentava ter nenhum arrependimento em relação ao fato”, explicou a delegada.

Delegada Nathalia Figueiredo, coordenadora do Núcleo de Feminicídios - (Arquivo O DIA) Arquivo O DIA
Delegada Nathalia Figueiredo, coordenadora do Núcleo de Feminicídios

Nathalia Figueiredo lembrou também que Francisco Firmino da Silva já respondia a outro processo judicial por estupro e tentativa de homicídio contra a própria filha em 2015. Para a coordenadora do Núcleo de Feminicídios, o fato de os crimes terem características similares aponta para uma pessoa reincidente em crimes contra as mulheres.

A Polícia Civil tem, agora, dez dias para concluir o inquérito. Algumas últimas diligências ainda serão feitas para dar mais robustez ao relatório que será remetido ao Ministério Público. Francisco Firmino de Assis permanece detido e à disposição da justiça.

Iniciada às 7h41

Foi preso na noite desta quarta-feira (23) um homem identificado como Francisco Firmino de Assis. Ele era o companheiro e é considerado o principal suspeito da morte de Maria de Jesus dos Santos, de 73 anos. A idosa foi encontrada morta na noite da última segunda-feira (21) dentro do banheiro de sua residência na Rua Bruno no Parque Brasil III, zona Norte de Teresina. A vítima estava no chão amarrada, com marcas de estrangulamento e de outras agressões físicas pelo corpo.

Francisco Firmino de Assis, suspeito do crime - (Divulgação / Redes Sociais) Divulgação / Redes Sociais
Francisco Firmino de Assis, suspeito do crime

Francisco Firmino foi levado à Central de Flagrantes de Teresina. E no momento da prisão afirmou que mantinha um relacionamento com Maria de Jesus, disse que esteve com a vítima no dia do crime e que houve uma discussão entre o casal. Porém, não confessou a autoria do crime.

Idosa foi encontrada amarrada e morta no Parque Brasil III - (Divulgação / Polícia Militar - PI) Divulgação / Polícia Militar - PI
Idosa foi encontrada amarrada e morta no Parque Brasil III

Assassinato da idosa pode ser mais um caso de feminicídio

Desde o início das investigações, o caso estava sendo tratado como um possível feminicídio. De acordo com informações preliminares apuradas pelo Portal O Dia, testemunhas relataram que no dia do crime o homem deixou o local por volta das 15h, utilizando o veículo de Maria de Jesus, um Renault de cor prata, cuja placa ainda não foi identificada.

A delegada Nathalia Figueiredo havia antecipado ao O Dia que a vítima já havia comentado sobre agressões no relacionamento. “Segundo relatos, havia um desconforto. Ela chegou a relatar questão violência física (por parte do companheiro) e isso serve de alerta para a possibilidade de um feminicídio. Mas a constatação só virá nas investigações”, informou a delegada.

Delegado Nathalia Figueiredo, da DHPP - (Jailson Soares/O Dia) Jailson Soares/O Dia
Delegado Nathalia Figueiredo, da DHPP

Os familiares disseram à polícia que não tinham muitas informações sobre o companheiro de Maria de Jesus. Apenas que ele dizia que trabalhava como porteiro em um condomínio, mas não disse qual era o condomínio. E que achavam estranho porque a rotina dele não condizia com a função. Agora, Francisco Firmino deve passar por audiência de custódia e ficar à disposição da Justiça.


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