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“Não há como resolver a curto prazo”, diz FMS sobre falta de insumos hospitalares

A crise de desabastecimento de medicamentos e insumos nas unidades hospitalares de Teresina ainda não foi solucionada e não há prazo definido para que o problema seja resolvido. Em entrevista ao O DIA, a presidente da Fundação Municipal da Saúde, Clara Leal, afirmou que essa situação não será resolvida a curto prazo. 


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“Desde que assumimos interinamente a presidência da FMS, temos tentado resolver essa questão do abastecimento. Não há como resolver a curto prazo. Nós temos muitos encaminhamentos em busca de soluções definitivas, mas são apenas encaminhamentos. Claro que já conseguimos regularizar muitos itens, mas tem outros que ainda temos instabilidade”, explica Clara Leal.

(Presidente da FMS Clara Leal/ FOTOS: Ascom PMT)

De acordo com a presidente do órgão, o volume de compra desses insumos - como medicamentos e outros produtos imprescindíveis para prestação do serviço de saúde - é muito alto. Por isso, ainda há dificuldade para sanar todo o problema. “São muitos itens, alguns conseguimos adquirir em grande quantidade e outros não. Alguns insumos a gente consegue manter, mas daqui a pouco já começa a ter escassez novamente”, comenta.

Diante do processo de regularização, foi traçado um plano de ação com medidas a curto, médio e longo prazo, porém sem data definida para solução da problemática. 

(FOTO: Assis Fernandes/ O DIA)

A escassez de diversos medicamentos e insumos na rede pública municipal de atenção especializada foi detectada durante os anos de 2021 e 2022, o que resultou na Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Piauí (MPPI), que apurou irregularidades no fornecimento desses insumos na Atenção Especializada de Saúde da FMS.

Ainda no início deste ano, após a ACP ajuizada pelo MPPI, foi determinado que a FMS e o município de Teresina apresentem, no prazo de 30 dias, um plano concreto para regularizar a situação dos estoques hospitalares.