Diferentemente da Renda Fixa, que vimos no artigo passado, a Renda Variável não permite saber, antecipadamente, qual será a rentabilidade do ativo que você está comprando, ou seja, não há uma previsão de retorno financeiro. De início, isso pode assustar, pois envolve um certo risco, porém, com os riscos também vêm os maiores lucros, desde que bem administrados, claro!

Aí você me pergunta: “mas eu preciso ser um especialista para investir em fundos e/ou ações?” A resposta é não. Há alguns anos, a B3 (empresa responsável pela administração das negociações do mercado de renda variável), deixou de ser um ambiente apenas para investidores profissionais ou pessoas com muito dinheiro. A bolsa vem se popularizando dia após dia entre os brasileiros e conquistando a adesão de pessoas comuns, que não são especialistas no tema e procuram formas de rentabilizar suas economias. Confira o gráfico abaixo:

Ademais, existem vários especialistas (conhecidos como assessores de investimentos) disponíveis em diversas corretoras de valores que podem cuidar dos seus investimentos de forma segura. A B3, disponibiliza a lista de corretoras certificadas (clique para ver a lista) pelo programa de qualificação operacional. Você pode abrir sua conta na corretora de sua preferência e solicitar um atendimento de acordo com seu perfil de investidor. E caso não queira se aprofundar no assunto, o seu assessor administra para você. Mas, eu aconselho você a estudar pelo menos o básico para saber onde seu dinheiro está sendo aplicado.

Antes de mais nada, você precisa realizar uma pesquisa para conhecer o seu perfil de investidor, e então a assessoria vai poder te direcionar para o investimento apropriado. Existem perfis moderados (menor risco) e perfis mais arrojados (maior risco). Após determinar o seu perfil, é importante entender sobre diversificação, ou seja, jamais colocar todos os ovos numa cesta só, pois se algo der errado com um investimento, os outros podem lhe salvar.

Sem mais delongas vamos às opções mais populares existentes no Brasil, lembrando que estes artigos não são recomendações de investimento. São diversos os produtos disponíveis para investir em renda variável, dos mais simples aos mais sofisticados. Cada um deles têm características próprias de risco e liquidez. 

AÇÕES – Ao comprar esse ativo, você se torna sócio da companhia e, por isso, compartilha os lucros que ela obtém. Há duas maneiras de obter esse lucro, a primeira é com a distribuição de dividendos, que são uma parte do lucro que as empresas distribuem aos acionistas; a segunda forma se dá por meio da valorização do papel na bolsa de valores, ou seja, você comprou o ativo por um preço X e vendeu por XX. 

FUNDOS IMOBILIÁRIOS – esse ativo tem sido bastante procurado nos últimos anos (confira gráfico abaixo). Ele reúne investidores interessados em aplicar seu dinheiro no mercado imobiliário. Geralmente, o dinheiro investido aqui, é usado na construção ou na aquisição de imóveis, que posteriormente são alugados ou arrendados. Os ganhos dessa operação são divididos entre os participantes e são popularmente conhecidos como Dividendos. Essas distribuições são regulares e ocorrem todos os meses.

FUNDOS DE INVESTIMENTO – trata-se de uma carteira de ações. Os Fundos de Ações são considerados a maneira mais simples de investir em Renda Variável, pois quem se responsabiliza por decidir os papéis que serão comprados ou vendidos é um gestor profissional. Porém, há uma cobrança de taxa de administração para ter essa comodidade.

ETF - O Exchange Traded Fund é, basicamente, um fundo de investimento com cotas negociadas na Bolsa de Valores. Eles também são chamados de “fundos de índice”, um apelido que explica a funcionalidade desse tipo de investimento. Assim, quando falamos de índice estamos nos referindo a um conjunto de ativos que representam uma categoria. Por exemplo, você já deve ter ouvido falar nos noticiários sobre o Ibovespa (IBOV), um dos índices mais famosos do mercado brasileiro. Ele é como se fosse uma cesta imaginária que reúne as principais ações das empresas listadas na Bolsa.

CRIPTOMOEDAS - A Criptomoeda é uma moeda digital, com lógica similar a do dinheiro em espécie. Ela auxilia na compra e venda de bens e serviços por meio de transações virtuais. O nome vem do sistema de criptografia que confere as transações e tem como maior objetivo a segurança. As mais conhecidas das criptomoedas são: o Bitcoin e o Ethereum.

E aí? Qual ativo você achou mais interessante para iniciar no mundo dos investimentos em renda variável? Ficou alguma dúvida ou tem uma ideia de tema para tratarmos aqui? Envia um e-mail para [email protected], será um prazer trocarmos essa ideia. Valeu, turma. Nos vemos na próxima Terça.