A família de um bebê natimorto (que nasceu sem vida), em Ribeiro Gonçalves, Sul do Piauí, descobriu que havia sepultado um caixão vazio no cemitério da cidade. O caso aconteceu na última segunda-feira (20) após uma confusão nos procedimentos funerários para o enterro da criança.
A mãe do bebê deu à luz no Hospital Regional de Floriano na madrugada da sexta (17), mas a criança veio ao mundo sem vida. Imediatamente o corpo foi levado para o necrotério da unidade de saúde e a mãe permaneceu internada por conta das complicações no parto. No mesmo dia a família entrou em contato com uma funerária de Ribeiro Gonçalves para preparar o sepultamento.
No entanto, três dias após o enterro, os familiares descobriram que o caixão que haviam enterrado estava vazio. O corpo do bebê continuava no necrotério do hospital em Floriano. O caso está sendo acompanhado pela Polícia Civil por meio da Delegacia de Baixa Grande do Ribeiro. As informações foram confirmadas ao Portalodia.com pelo delegado Marcos Halan.
“Nós acompanhamos a exumação e de fato o caixão estava vazio. Entramos em contato com o hospital e o que restou comprovado foi que houve somente uma confusão na hora da colocação do corpo no caixão. A princípio não há nada que se configure como crime, então o procedimento policial não é necessário, mas a família pode entrar com um processo por constrangimento caso queira”, explicou o delegado.
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De acordo com Marcos Halan foi o próprio Hospital Regional de Floriano que entrou em contato com a família na segunda-feira (20) informando que o corpo do bebê ainda estava no necrotério. A reportagem do Portalodia.com entrou em contato com a unidade de saúde. Por meio de nota, o Hospital Regional Tibério Nunes esclareceu que o serviço de transferência de corpos para as urnas funerárias é de responsabilidade das funerárias e prestadoras de serviço contratadas pela família.
Segundo o hospital, o serviço funerário que prestou assistência à família do bebê foi fornecido pela Prefeitura de Ribeiro Gonçalves. “Assim que detectou a falha no serviço que fora enviado pela Prefeitura para execução da transferência do natimorto para a urna, bem como o transporte do mesmo para execução do funeral, o hospital contatou a família e providenciou todo o suporte para que a mesma pudesse receber o corpo de forma adequada e realizar o funeral”, finaliza a nota do Hospital Regional de Floriano.