Com 80% das urnas apuradas e 59% de comparecimento, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou a vitória do presidente venezuelano Nicolás Maduro. O resultado foi divulgado na madrugada desta segunda-feira (29). O chavista do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) se reelegeu com 51,20% dos votos contra 44,2% do ex-embaixador Edmundo González Urrutia. O resultado, no entanto, causou revolta na oposição, que questionou a transparência e a legitimidade do processo eleitoral.
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Conforme o órgão eleitoral, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato de seis anos com cerca de 51,2%, contra 44,2%, obtidos pelo candidato opositor, o antigo diplomata Edmundo González. A participação eleitoral foi considerada alta dado o clima de desconfiança, a crise que permeia o país, além de uma série de obstáculos que os venezuelanos que moram no exterior tiveram que enfrentar para registrar o voto na eleição presidencial, como fronteiras fechadas e burocracias para votar na seção eleitoral da embaixada venezuelana.
O resultado divulgado contrariou as principais pesquisas que davam a vitória de González. Vale destacar que o nome do candidato da oposição foi definido em última hora para disputar contra o chavista, visto que a candidata anterior, Corina Yoris, foi proibida de concorrer e a sua substituta, María Corina Machado, teve o registro de candidatura proibido pelo atual governo.
Quem é Nicolás Maduro?
Maduro assumiu a presidência da Venezuela em 2013, após a morte de seu antecessor, Hugo Chávez. Maduro foi reeleito em 2018 em uma eleição controversa, que foi amplamente contestada tanto nacional quanto internacionalmente.
Maduro começou sua carreira política como um sindicalista e mais tarde se tornou membro da Assembleia Nacional. Ele também serviu como Ministro das Relações Exteriores e Vice-Presidente da Venezuela durante o governo de Chávez. Como presidente, Maduro tem enfrentado uma grave crise econômica e humanitária no país, além de forte oposição interna e pressão internacional.
Sua presidência tem sido marcada por uma inflação descontrolada, escassez de alimentos e medicamentos, e um êxodo massivo de venezuelanos buscando melhores condições de vida em outros países. Maduro atribui muitos dos problemas da Venezuela a uma "guerra econômica" travada por opositores e países estrangeiros, especialmente os Estados Unidos.
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