Uma reunião nesta terça-feira (27) da Secretaria Estadual da Assistência Social Trabalho e Direitos Humanos (Sasc) e da Secretaria Municipal de Cidadania e Políticas Integradas (Semcaspi) decidiu transferir os 135 venezuelanos alojados Centro de Treinamento do Emater. Ao todo, são 36 famílias estrangeiras abrigadas no local.
Eles serão distribuídos em dois prédios do Governo do Piauí, a 18ª Gerência Regional de Educação, no bairro São João, zona leste de Teresina, e a Unidade Escolar Godofredo Freire, na Avenida Miguel Rosa, centro sul da capital.
A superintendente de Direitos Humanos da Sasc, Sônia Terra, explicou que a foi discutida ainda a permanência das famílias no Piauí. "Discutimos também a permanência deles em nossa capital, além da busca de moradias permanentes, projetos e ações que possam trazer melhores condições de vida para essas pessoas", disse.
Ela disse que foi definida as questões de logísticas e principalmente a divisão das famílias, para uma mudança harmoniosa e tranquila. “A meta é que essas mudanças sejam realizadas brevemente e tudo transcorra num clima de tranquilidade e com a maior rapidez possível”, afirmou.
No ano passado, o Ministério Público do Piauí, por meio da 49ª Promotoria de Justiça de Teresina, especializada na promoção da cidadania e dos direitos humanos, ingressou com ação civil pública para que o município de Teresina execute medidas no intuito de reorganizar o serviço de acolhimento à população indígena venezuelana Warao, acolhida em três abrigos da capital. A ação é assinada pela promotora de Justiça Myrian Lago.
A titular da 49ª Promotoria de Teresina solicita que seja imposta ao município de Teresina a obrigação de distribuir gêneros alimentícios e materiais de higiene e limpeza. Outro pedido feito pela promotora consiste na manutenção dos abrigos, com realização de dedetização, retirada de entulhos e execução de reparos hidráulicos e elétricos, entre outros serviços necessários.