Um grupo bem eclético, mas que quando joga junto, não tem quem pare. São os atletas piauienses da Categoria C de Beach Tennis, que participaram entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro da Copa das Federações de Beach Tennis, em Fortaleza. Foi nas areias da Praia de Iracema que a delegação piauiense mostrou sua potência.
A competição, que é a principal da temporada do Beach Tennis, terminou com medalha de Ouro para o Piauí. O evento reuniu mais de 1.500 atletas de todo o Brasil, 64 deles eram da delegação do Piauí. Entre estes 64, os dez medalhistas: Ligia Pimentel, Thalita Diniz, Viviane Araújo e Keline Hipólito, no grupo feminino; e Guilherme Mamede, Inácio Baldoíno, Marcelo Farias e Heitor Alencar, no grupo masculino. A equipe tinha como capitão o atleta Marconi Lacerda e como assessor técnico, Davi Júnior.
O grupo era formado quase que em sua totalidade por estreantes na competição, mas o entrosamento foi tanto que a medalha veio no peito. Esse entrosamento, aliado à preparação, foi o que fez a diferença, segundo explica Lígia Pimentel. “Os atletas são em sua grande maioria de fora de Teresina. Foi um grande desafio estar sempre unindo o time, o preparatório levou mais ou menos dois meses, mas a gente já vinha trabalhando durante o ano todo, e mesmo com essa dificuldade, conseguimos avançar bem na competição”, diz.
Mas o desafio que equipe de Beach Tennis do Piauí encontrou na Copa das Federações não foram só o nível das demais delegações. As condições de tempo e clima interferem e jogar em uma praia em Fortaleza pode ser bem diferente de jogar em uma arena em Teresina. Os atletas piauienses chegaram ao local da competição com vários dias de antecedência para reconhecer o terreno e traçar as melhores estratégias com base nas condições oferecidas.
“A questão do vento é algo que interfere muito e que tem que ser bem estudada para quem compete no Beach Tennis. Teresina é quase uma paisagem. Não venta muito. Lá em Fortaleza ventava o tempo todo e tinha uma hora que o vento era mais forte. Então a gente teve que planejar bem essa questão de quem ia sacar, quem ia receber e, claro, analisar, com o nosso capitão, o jogo das outras equipes”, explicou Talita Diniz, também medalhista de Ouro na categoria C.
Esta é a quarta vez que o Piauí participa da Copa das Federações de Beach Tennis. Embora a competição aconteça desde 2016, o Estado só foi ter uma delegação nos jogos em 2021. Além do Piauí, delegações dos outros 26 estados brasileiros participaram da Copa das Federações. E o nível de jogo era alto. Foi o que afirmou Inácio Balduíno, integrante da equipe masculina piauiense.
“Cada confronto foi um desafio imenso, porque foram todas as 27 federações brasileiras. Além do choque cultural, havia o nível de jogo. Sem falar que as regras da competição permitiam que atletas que jogam em determinadas categorias pudessem tentar jogar em uma categoria acima para ir se acostumando. Então lá você podia jogar com alguém que já estava jogando há bastante tempo em categorias mais avançadas. Mas graças a Deus conseguimos pegar bem a parte do vento e o reconhecimento de quadra para terminarmos bem a competição”, afirma Inácio.
Para o capitão da equipe, Marconi Lacerda, a medalha e a própria participação do Piauí na Copa das Federações de Beach Tennis abre espaço para que outros atletas se interessem pela modalidade, o que pode fazer a equipe piauiense ganhar ainda mais força.
“A gente tem sempre que investir cada vez mais, sempre buscar atletas novo. Quem é escolhido para a Copa? Os melhores do ano. Este ano foram eles, mas ano que vem podem ser outros. Até porque eles já subiram de categoria: jogaram na C e agora subiram para a B. Então é sempre trabalhar forte na base, nos que já estão jogando”, finaliza Marconi.
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