Desde a década de 50, o Jornal O DIA tem sido um fiel companheiro diário para inúmeros leitores, que testemunharam de perto as transformações refletidas nas páginas deste impresso histórico. Um exemplo é Jodaci Manoel de Sousa, de 80 anos, um dos assinantes mais longevos do jornal. Sua jornada com o O DIA começou há 35 anos e a era da informatização não diminuiu seu entusiasmo pelo formato tradicional.
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"Cultivo o hábito de ler jornais impressos desde os 17 anos e continuo fiel a esse costume. Apesar da era digital, não abandono o impresso”, disse o leitor.
A importância do jornal, no entanto, transcende a mera transmissão de informações; ele desempenha um papel fundamental na promoção da saúde cognitiva, especialmente entre os mais idosos, que representam 60% dos leitores do jornal.
Para entender mais sobre esse assunto, entrevistamos o neurologista Dr. Frederico Prado, que explicou a importância da leitura regular para a saúde cerebral.
A leitura proporciona ainda o que chamamos de reserva cognitiva, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e resistir a danos cerebrais. Isso se deve ao fortalecimento das conexões neurais e à formação de novas redes sinápticas, um processo que é estimulado pelo hábito de leitura regular. Com o tempo, essa prática ajuda pode até retardar o surgimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
"O fortalecimento das conexões neuronais é necessário para preparar nosso cérebro contra potenciais doenças degenerativas futuras. A formação de uma reserva cognitiva robusta atua como um escudo protetor para o cérebro à medida que envelhecemos. Por isso, o estímulo proporcionado pela leitura desempenha um papel fundamental”, explica o neurologista.
Para o Dr Frederico, "quanto mais cedo se iniciar uma rotina de leitura, melhor será o envelhecimento, em termos físicos e cognitivos", afirma ele, acrescentando que "nunca é tarde para começar".
Embora a transição para as mídias digitais seja uma evolução natural, o jornal impresso oferece certas vantagens, como a minimização da exposição a luminosidades inadequadas, comuns em dispositivos digitais, que podem prejudicar a interpretação e a codificação das informações lidas.
“Muitos celulares ou tablets não têm iluminação adequada, o que atrapalha no desenvolvimento da leitura. Uma coisa não exclui a outra, mas é importante que as pessoas possam ter acesso às duas modalidades. O grande fato é que o estímulo à leitura é mais bem feito e tem melhores resultados quando se lê livros ou jornais físicos”, afirma o médico.
Outro fator que realça os benefícios da leitura de jornais impressos, particularmente para a terceira idade, é a barreira que muitos enfrentam ao lidar com as mídias digitais. Jodaci Manoel, por exemplo, aponta que encontra no jornal impresso um meio mais acessível e confortável de se manter informado, em contraste com os desafios apresentados pelo formato digital. “Gosto de ler e reler quantas vezes quiser, e devo até confessar que gosto do impresso também porque sinto uma certa dificuldade com o online”, destacou o assinante.
O Jornal O DIA é, portanto, um instrumento para a manutenção da saúde intelectual de seus leitores, oferecendo informação de qualidade e um meio de exercitar a mente e fortalecer as conexões neurais.