O Piauí tem oito casos de Febre Oropouche diagnosticados. É isso o que aponta o levantamento divulgado nesta quinta-feira (11) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), com base nos diagnósticos obtidos pelo Laboratório Central de Saúde Pública, o Lacen-PI. Cinco casos foram detectados em Amarante e três em Teresina. O terceiro caso na capital foi confirmado ainda ontem (10) pela Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Dos oitos casos confirmados de Febre Oropouche no Piauí, seis são em pacientes que possuem entre 20 e 59 anos e dois estão na faixa etária de 60 anos ou mais.
A coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, explica como foram feitos os diagnósticos da doença. “Os exames foram coletados e encaminhados ao Lacen, que descartou arboviroses como dengue, zika e chikungunya. As amostras, então, foram submetidas a testagem para Biologia Molecular e foram confirmados para Febre Oropouche”, diz.
Diante da confirmação dos casos de Febre Oropouche no Piauí, a Sesapi orientou os municípios quanto à vigilância epidemiológica. Entre estas orientações estão a investigação dos casos e identificação de possíveis locais de infecção, notificação na Ficha de Notificação/Conclusão do SINAN, acompanhamento da evolução clínica dos pacientes, a distribuição e dispersão do vírus, além da detecção da ocorrência de surtos e epidemias.
“Os municípios devem realizar a investigação entomológica no local provável de infecção para identificação taxonômica e diagnóstico virológico de artrópodes, com base no conhecimento prévio sobre os aspectos bioecológicos das espécies potencialmente envolvidas na transmissão”, diz a nota da Sesapi.
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Entre as medidas que devem ser tomadas pelos municípios estão: verificar a presença de animais como primatas, aves silvestres, bichos-preguiça, tamanduás e tatus mortos ou doentes.
A Sesapi lembra que os casos de Febre Oropouche não restringem somente ao Piauí. Outros estados no Norte do Brasil também estão vivenciando situação parecida, especificamente Amazonas, Pará, Acre, Roraima e Rondônia. Vale ressaltar que, apesar dos oitos casos confirmados no Piauí, a situação no estado não é considerada endêmica.
O que é e quais são os sintomas da Febre Oropouche
A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela. O mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor.
Entre os sintomas da Febre Oropouche estão dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Os sintomas são parecidos com os da dengue e chikungunya.
Não existe um tratamento específico para a Febre Oropouche. Os pacientes devem permanecer em repouso com tratamento sintomático e acompanhamento médico. Recomenda-se:
- Evitar áreas onde há muitos mosquitos
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelentes nas áreas expostas da pele
- Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas
- Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde locais para reduzir os riscos de transmissão.
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