A proposta realizada pelo governo do Estado para reajuste dos salários de servidores que foi apresentada pelo governador Rafael Fonteles na sexta-feira (01) deverá impactar em mais de R$ 400 milhões nos cofres públicos do Estado. Foi isso o que explicou o secretário estadual de Fazenda, Emílio Júnior. De acordo com ele, no primeiro ano, esse reajuste salarial dos servidores impactará em R$ 466 milhões.

Rafael propôs reajustar em até 17% o salário dos professores da Universidade Estadual do Piauí, que estão em greve há mais de 50 dias. Esse reajuste deverá ser concedido de forma escalonada pelos próximos três anos. Significa dizer que os servidores terão um reajuste salarial de 5,35% ao ano até 2026. O percentual é o mesmo oferecido a todos os servidores, de forma linear. 

Ao anunciar a proposta, o chefe do Executivo Piauiense explicou que é preciso ter prudência na hora de atender às demandas dos servidores em razão do risco de desequilibrar o Estado financeiramente. Foi a mesma justificativa dada pelo secretário Emílio Júnior ao comentar o impacto que esse reajuste salarial dos servidores terá nos cofres públicos.

“É importante falar qual é o valor de uma despesa de pessoal. A folha bruta de gasto com pessoal do Piauí supera R$ 9 bilhões ao ano. Qualquer percentual em cima disso dá uma representatividade em valores financeiros muito grande. Temos a preocupação de sempre colocar nosso Estado dentro de um equilíbrio fiscal e não podemos também atender à aquilo que não vamos conseguir executar”, afirmou Emílio Júnior.

O secretário de Fazenda comentou de forma específica que reconhece a legitimidade das reivindicações dos professores da Uespi, no entanto pontuou, também, que é preciso prudência. Emílio Júnior explicou que o escalonamento do reajuste de 17% foi uma recomendação dada ao governador Rafael Fonteles pela Comissão de Gestão Financeira do Estado e que é algo que ele pode atender ou não. O gestor frisou que o valor ideal para que o Piauí se mantenha em equilíbrio fiscal é 5,35% ao ano.

“Entendemos que o servidor público merece aquilo que está pedindo e que as justificativas em relação às perdas salariais e à inflação também são legítimas. Para que tenhamos um reajuste a todos os servidores e ainda assim tenhamos equilíbrio, esse reajuste ficaria na ordem de 5,35% ao ano escalonado para os próximos três anos. No final, quando capitalizarmos em cima disso, teremos um aumento de 17%”, finaliza o secretário de Fazenda.