Portal O Dia

Greve do transporte de Teresina entra no segundo dia e segue sem previsão de fim

greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina entrou em seu segundo dia nesta terça-feira (14). O movimento segue sem previsão de fim após a categoria rejeitar a proposta de reajuste de 6% oferecido pelo Setut e dizer que não irá mais negociar com os empresários. Os trabalhadores esperam agora que a Prefeitura faça alguma proposta para tentar ao menos suspender a greve até o fim deste mês.

Divulgação
Dr. Pessoa, prefeito de Teresina

Na falta de ônibus coletivos, a Strans cadastrou 100 veículos alternativos. Mas o que os teresinenses reclamam é que esses carros não foram distribuídos igualmente entre as zonas e os bairros. Regiões como o bairro de Fátima e o bairro Ininga, na zona Leste, encontram-se completamente sem ônibus há dois dias. 

Moradores do entorno da Universidade Federal do Piauí (UFPI), por exemplo, estão tendo que recorrer a caronas e corridas por aplicativo para conseguir sair de casa. Na própria universidade, há professores ministrando aulas remotas para contemplar os estudantes que não conseguiram se deslocar até o campus.

Ao Portalodia.com, o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, afirmou que o futuro do movimento grevista depende agora do prefeito Dr. Pessoa e de seu secretário de Governo, Michel Saldanha. Desde ontem, a categoria aguarda ser recebida pelo chefe do Executivo Municipal, mas até o momento não houve abertura por parte do poder público.

“Estamos esperando alguma notícia do prefeito que disse que enganou a gente ontem, disse que ia conversar com a categoria e até agora, nada. E nem o secretário, que também enganou a nossa categoria. Mas estamos aqui no movimento aguardando alguma ação”, afirmou Cardoso nesta manhã.

Os motoristas e cobradores seguem concentrados na Praça da Bandeira e em frente ao Palácio da Cidade aguardando serem recebidos por alguma representante da Prefeitura. Enquanto não houver um acordo que, conforme o presidente do Sintetro, seja vantajoso para a categoria, o movimento segue por tempo indeterminado.

A Prefeitura de Teresina ainda não se pronunciou sobre as declarações do Sintetro. Por meio de nota, a Strans informou que está cadastrando veículos alternativos para suprir a demanda durante a greve e ressaltou que a competência dos consórcios é disponibilizar a porcentagem mínima de 70% da frota rodando em horário de pico e 30% nos demais horários.

O Setut também, não se pronunciou sobre as alegações do Sintetro.