O idoso de 71 anos acusado de estuprar uma menina de 12 anos na Vila Dagmar Mazza, zona Sul de Teresina, foi linchado pela população revoltada com o crime. Identificado pelas iniciais S.F, o homem foi flagrado com a criança despida dentro de casa pela diretora de uma creche nas proximidades da residência. Revoltados, os vizinhos invadiram o local e agrediram S.F com socos, chutes, pedaços de ferro e de pau.
Conselheiros tutelares que foram chamados para atender à ocorrência do estupro ainda tentaram intervir para evitar que a população matasse o idoso, mas não tiveram sucesso. Bastante ferido, S.F. foi levado para o HUT, mas morreu pouco depois de dar entrada. Segundo informou o delegado Odilo Sena, da Central de Flagrantes, ele tinha diversas fraturas e hematomas pelo corpo e apresentava um quadro grave de traumatismo craniano.
Odilo explicou que todos os envolvidos nas agressões e no linchamento do idoso, se identificados, poderão responder pelo crime de homicídio. O delegado frisou que compreende a sensação de injustiça e admitiu que a Justiça e a própria polícia estão em descrédito com a população. No entanto, ele pediu calma à população, pelo menos neste tipo de situação, para aguardar o trabalho da polícia.
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“A população muitas vezes não entende certas atitudes da lei e da persecução penal, dos seus oficiais responsáveis em soltar diversos criminosos, principalmente pela questão da impunidade. [O estupro] é um tipo de crime que nem o criminoso suporta, mas estas pessoas [que participaram do linchamento] podem responder por homicídio qualificado. Ele [o idoso] não teve a mínima possibilidade de defesa, apanhou muito, ficou bastante machucado. É uma situação difícil, mas temos que ter a cabeça no lugar e deixar a polícia agir”, pediu o delegado.
Idoso oferecia balinhas para as vítimas
O idoso S.F, que foi flagrado dentro de casa com uma criança despida e acusado de estupro, era vendedor de balinhas, segundo informou a polícia. O homem teria oferecido seus produtos para a vítima e há possibilidade de ter feito inclusive outras vítimas. Foi o que afirmou o delegado Odilo Sena.
“Tudo indica que ele tinha esse costume de oferecer essas balinhas para as crianças. Segundo o relato de algumas pessoas aqui na Central [de Flagrantes], é um costume que ele tinha não só em relação a esta criança com quem ele foi pego. Fica um alerta aos pais para conversarem em casa, explicar para suas crianças sobre essas questões de oferecer e receber coisas de pessoas desconhecidas”, diz.
O flagrante, segundo Odilo, foi concluído, todas as peças foram catalogadas e serão encaminhadas para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para o término da investigação.
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