Peritos do Departamento de Polícia Científica do Piauí conduziram, na noite da última quinta-feira (27), uma reconstituição do acidente que resultou na morte do músico Carlos Henrique de Araújo Costa, de 24 anos. O caso ocorreu no dia 30 de maio, no cruzamento das avenidas Presidente Kennedy e Dom Severino, zona Leste da cidade, em meio a uma perseguição policial.
Carlos estava voltando para casa em um carro de aplicativo quando foi impactado por outro veículo dirigido por criminosos em fuga. Segundo relatos iniciais da polícia, a vítima teria sido confundida com um dos criminosos e possivelmente atingida por um disparo de arma de fogo durante o tumulto. Contudo, o laudo do IML concluiu que a causa da morte foram os graves ferimentos resultantes do acidente.
Durante a reconstituição, os peritos utilizaram vídeos gravados para determinar a posição exata dos veículos envolvidos e calcular a velocidade dos mesmos. Além disso, foi examinada a trajetória do corpo de Carlos Henrique após a colisão a partir da distância em que ele foi encontrado do local do impacto.
O caso tem sido marcado por controvérsias, principalmente em relação às diferentes versões apresentadas pela Polícia Civil e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Enquanto o SAMU inicialmente reportou a presença de uma perfuração por arma de fogo no corpo da vítima, o laudo do IML descartou essa possibilidade e atribuiu a causa da morte exclusivamente aos ferimentos causados pela colisão.
A divergência nas conclusões levou a família de Carlos Henrique a dizer que iria solicitar a exumação do corpo para uma nova perícia, a fim de esclarecer definitivamente as circunstâncias da morte do jovem músico. A polícia, por sua vez, afirmou que o laudo do IML é conclusivo e que o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) está conduzindo o caso com transparência.
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Conforme informações do Departamento de Polícia Científica do Piauí, o laudo da reprodução simulada do acidente deverá ser concluído em breve. O processo contou com a presença do médico legista e perito geral de Polícia Científica, Dr. Antônio Nunes, além do perito criminal e Coordenador de perícias da capital, Dr. Péricles Avelino, e outros especialistas.
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