O professor da Escola Iporanga de Canoagem, Til Neves, disse que o atleta Lívio Claudener (16), desaparecido desde a noite de ontem (15) durante um treino de canoagem na Barragem do Bezerro, estava sem o colete salva-vidas. Segundo ele, o uso do equipamento atrapalha o rendimento físico de atletas de alto grau, como era o caso do adolescente. A entrevista foi concedida ao O Dia nesta sexta-feira (16).
Lívio Claudener estava acompanhado de mais quatro colegas e do treinador, Diego Viana, quando as canoas foram atingidas por um forte vento seguido da formação de ondas na barragem. Três atletas e o técnico conseguiram nadar até a margem, mas Lívio foi levado pela correnteza e desapareceu nas águas.
Til Neves relata que os atletas de canoagem são treinados para enfrentarem situações adversas, inclusive durante a do mau tempo, como foi o caso ocorrido na cidade de José de Freitas, município vizinho a capital Teresina.
“O professor Diego Viana é especialista nessa área de velocidade, inclusive ele treina os atletas na embarcação de salva-vidas, tanto do próprio atleta para tentar seu próprio resgate em momentos difíceis como chuva e ventos fortes, ventos contras e ventos nas laterais da canoa, pois fazemos todos esses treinamentos de segurança, além do colete que eles usam”, ressaltou o instrutor.
Lívio Claudener tem 16 anos e vem ganhando espaço no cenário brasileiro da canoagem de velocidade na categoria cadete. O atleta piauiense é aluno da escolinha Iporanga Canoagem e já participou de competições regionais e nacionalmente em 2022 e 2023, tendo ganhado medalhas de prata e bronze. Lívio figura entre os 10 melhores atletas do Nordeste na canoagem na categoria cadete.
Entenda o caso
O Corpo de Bombeiros iniciou na manhã desta sexta-feira (16) as buscas pelo atleta Lívio Claudener, que desapareceu nas águas da Barragem do Bezerro, em José de Freitas, durante treino de canoagem no começo da noite de ontem (15). Lívio estava acompanhado de mais quatro colegas e do treinador, Diego Viana, quando as canoas foram atingidas por um forte vento seguido da formação de ondas na barragem.
Populares que acompanhavam o treino e que estavam no local quando tudo aconteceu imediatamente iniciaram as buscas. No entanto, a pouca luminosidade à noite não permitiu que o Corpo de Bombeiros mergulhasse na barragem para tentar localizar Lívio. Uma guarnição esteve na Barragem do Bezerro e explicou que as buscas oficiais só poderiam iniciar pela manhã quando houvesse claridade suficiente para os mergulhares trabalharem.