O Brasil enfrenta um surto de dengue, com 1,9 milhão de casos prováveis até o último dia 20 de março. A vacina contra a dengue, incorporada pelo Ministério da Saúde em janeiro no SUS disponível para a faixa etária de 10 a 14 anos no SUS, é importante, mas, é preciso também ficar atento à imunização contra a Covid.
Embora a pandemia de Covid-19 tenha apresentado um declínio significativo em sua severidade, a vacinação contra o vírus permanece como uma medida crucial para o controle da doença e a proteção da população. Desde 1º de janeiro de 2024, a vacina contra a Covid-19 foi incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação Infantil, consolidando sua importância na estratégia de saúde pública.
Novas estratégias de vacinação
A vacinação contra a covid-19 é a melhor forma de prevenção e principal medida contra as formas graves da doença. Apesar da eficácia comprovada, apenas 6,2% das crianças de 6 meses a 2 anos e 6,6% das crianças de 3 a 4 anos estão vacinadas.
Estudos científicos consistentes demonstram a efetividade das vacinas na prevenção de casos graves, hospitalizações e óbitos por Covid-19. Mesmo com o surgimento de novas variantes, como a Ômicron, as vacinas continuam oferecendo proteção significativa, reduzindo consideravelmente o risco de desenvolver formas graves da doença.
O Painel Corona vírus aponta que, na semana de 3 a 9 de março, foram registrados 53.873 casos e 277 óbitos pelo vírus. De acordo com o Informe de Vigilância das Síndromes Gripais 10 , os números sinalizam uma diminuição de casos e alta dos óbitos em relação à semana anterior. O informe também aponta que a variante JN.1, que é muito transmissível, está em circulação predominante em 22 de 25 unidades federativas.
Para alcançar a meta de 90% de cobertura vacinal, a vacina contra a covid-19 foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos. A primeira dose é aplicada aos seis meses, a segunda aos sete meses e a terceira aos nove meses.
Indivíduos com mais de 60 anos, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas devem receber doses de reforço semestrais. Para os demais públicos prioritários, a dose será anual.
Vacinas seguras e eficazes
As vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para combater a covid-19 são eficazes, efetivas e seguras. Elas possuem autorização de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passam por um rigoroso processo de avaliação de qualidade pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição responsável pela análise de qualidade dos imunobiológicos adquiridos e distribuídos pelo SUS.
A imunização é prioridade do governo federal. Em fevereiro de 2023, o Ministério da Saúde lançou o Movimento Nacional pela Vacinação , com o objetivo de recuperar as altas coberturas vacinais no Brasil. É possível consultar a situação vacinal no aplicativo Meu SUS Digital . O registro de vacina também é feito no Cartão de Vacinação em papel, pelo profissional de saúde local. É possível, ainda, conferir a situação na própria unidade de saúde, com a apresentação de documentos pessoais ou do Cartão do SUS.