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Ajuste fiscal de Milei leva a Argentina ao 8º superávit primário consecutivo.

Presidente argentino prometeu vetar qualquer projeto de lei que ameace o equilíbrio fiscal.

23/10/2024 às 17h34

23/10/2024 às 17h34

Javier Milei, presidente da Argentina. - (Getty Images) Getty Images
Javier Milei, presidente da Argentina.

Durante os governos esquerdistas de Néstor e Cristina Kirchner (2007 a 2016), os argentinos conviveram com um apagão nos dados sobre a inflação do país. O que fez com que a Argentina perdesse a credibilidade diante de outras nações.

Diferentemente do Brasil, os hermanos não acumularam reservas de dólares quando tiveram a chance de fazê-lo, no início dos anos 2000. E, nada é mais prejudicial para a economia de um país emergente do que a falta de dólares, pois isso provoca uma desvalorização cambial descontrolada, o que, em última instância, eleva drasticamente a inflação.

Mas, em Novembro de 2023, o economista liberal Javier Milei (La Libertad Avanza), de 53 anos, foi eleito presidente da Argentina. Milei superou, em segundo turno, o candidato governista que era o ministro da Economia, Sergio Massa (Union por la Patria).

Nos primeiros meses de governo, Milei implementou reformas radicais, reduzindo ministérios e secretarias. Ele tem investido esforços em impor uma política de déficit zero, o que gerou forte resistência de alguns setores da sociedade, mas tem sido bastante elogiada por instituições financeiras. 

Gráfico comparativo de governos anteriores e o início do governo Milei. - (Poder 360) Poder 360
Gráfico comparativo de governos anteriores e o início do governo Milei.

Em Setembro do presente ano, a Argentina registrou o oitavo superávit fiscal primário consecutivo, de 899,66 bilhões de pesos (934,7 milhões de dólares), conforme o governo adota medidas rigorosas de austeridade para enfrentar a crise econômica deixada pelos governos anteriores. Desde 2008, os hermanos não sabiam o que era superávit.

Aula rápida: O superávit primário é quando o governo vai arrecadar mais do que gastar, sem considerar o pagamento de juros. Já o déficit primário é quando os gastos serão superiores às receitas, também sem contar os juros.

A mais recente decisão tomada pelo governo, foi a dissolução da AFIP – órgão equivalente à nossa Receita Federal, e a substituiu por um órgão muito menor e de estrutura simples. Onde os salários dos diretores serão reduzidos em até 90%, haverá corte de 30% do número de autoridades de níveis inferiores e reduzirá 45% do quadro de funcionários de alto escalão (políticos). O resultado será a eliminação de 35% da estrutura atual, gerando uma economia de 6,5 bilhões de pesos por ano.

Além disso, haverá demissão em massa de 3.155 agentes (15%) do quadro atual, que foram contratados de forma irregular por governos anteriores. Com isso, você reduz o tamanho do Estado e elimina cargos desnecessários, dando mais eficiência à arrecadação e otimizando a gestão pública. Ganha o povo argentino que terá cada vez mais liberdade econômica e comercial.