Os vazios urbanos em Teresina precisam ser enfrentados por uma gestão municipal comprometida com o planejamento territorial da cidade. Quem passa da ponte do Poti Velho, percorre quilômetros até chegar novamente num bairro, o mesmo ocorre na zona sul, quando milhares de hectares de terra não são ocupadas até se chegar aos bairros Porto Alegre, Torquato Neto, Eduardo Costa, dentre outros.
Não faz sentido uma cidade com menos de 1 milhão de habitantes ter quase 40 quilômetros do extremo norte ao extremo sul. É muito custo para manter uma estrutura de calçamento, asfalto, energia, abastecimento de água, transporte coletivo, limpeza urbana, coleta de lixo, dentre outros serviços.
Sem contar o prejuízo na qualidade de vida das pessoas que precisam se deslocar e muitas vezes perdem horas de sua vida diária aguardando transporte público, que em Teresina, é ineficiente, para ir de um bairro até o seu trabalho ou a faculdade. Também distancia as pessoas dos grandes polos de saúde, centros comerciais, espaços de cultura, delegacias e aumenta o custo do deslocamento por transportes de aplicativo.
É preciso citar que tudo isso ocorreu em Teresina porque interesses políticos foram colocados acima do olhar técnicos de urbanistas e demais especialistas em planejamento urbano. Erros que não podem voltar a acontecer, sob pena de prejudicar ainda mais a qualidade de vida das pessoas.
Nestas eleições, candidatos precisam dizer como vão enfrentar a especulação imobiliária e se vão ouvir técnicos ao invés de tomarem decisões importantes apenas pelo interesse político.