A máxima de que política e religião não se discute é rebatida pelo pré-candidato a vereador de Teresina pelo Progressistas, Anderson Emanuel, membro da Igreja Batista Nacional Bereana e que na noite da última segunda-feira (15) lançou o livro “POSICIONE-SE: Fé, Religião e Política”, em que defende o posicionamento transparente dos políticos sobre religião.
“O argumento de que não se deve discutir política e religião, não se sustenta, tendo em vista que são os principais assuntos do debate público. Política e religião são duas vertentes sociais que desde sempre andaram lado a lado, pois onde há sociedade, há política e religião, ao ponto de certos momentos na história as duas se tornarem uma coisa só”, diz ele, acrescentando que parte dos cristãos foram sendo excluídos do debate público e outros se omitiram por temer retaliações.
Anderson Emanuel ressalta que a Bíblia como manual de prática e fé, incentiva os cristãos a se posicionar e influenciar a geração, o que confirma, segundo ele, a tese de que é preciso levar a religião para dentro da política, no sentido de defender bandeiras sociais de acordo com o livro sagrado para os cristãos. “Não vejo princípios melhores para mudar a sociedade do que aqueles que vejo na Bíblia. Nem na arte, nem na filosofia, nem em canto algum uma fonte que pode fornecer os princípios que a Bíblia fornece”, defende ele.
O pré-candidato a vereador utiliza o termo “cristãos de verdade” para dizer que quanto mais dessas pessoas na política, melhor. “Mas é preciso conhecer e viver de fato o que ela recomenda”, diz ele.
Tradicionalmente, as bancadas religiosas tem se organizado para alcançar cadeiras no parlamento. O Republicanos, por exemplo, é um partido intimamente ligado a Igreja Universal. No Congresso Nacional, a bancada evangélica é uma das mais fortes e se une para tratar de assuntos caros à crença. São 203 deputados federais e 26 senadores que integram a Frente Parlamentar Evangélica. O núcleo duro e visto como mais radical, é menor, mas forte o suficiente para barrar projetos de interesse do governo que interferem no posicionamento de evangélicos.
Anderson Emanuel retrata que muitos políticos por interesse no voto do segmento religioso, acabam abraçando no discurso pautas ditas conservadores, “mas muitos deles sequer conhecem a Cristo e não defendem com seus mandatos os valores da fé cristã, gerando uma crise de representatividade”, diz ele, acrescentando que “o cristianismo não pode ser divorciado da política, pois o mal testemunho de alguns políticos não é culpa de Cristo, e sim daquele mal representante”, conclui.