Parlamentares, gestores e representantes diretos da área da educação se reuniram, na manhã desta quarta-feira (07), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), para uma audiência pública que tratou sobre as ações que podem ser realizadas para alcançar as 20 metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) e garantir acesso à educação de qualidade no Brasil até 2024.
Durante a audiência, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (SINTE), Paulina Almeida, cobrou o cumprimento do PNE e criticou a implementação do Novo Ensino Médio.
“Nós estamos lutando pela revogação e, se não conseguirmos, pelo menos para a construção de um novo ensino médio que traga a sociedade para o debate, principalmente os profissionais da educação”, disse.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a Educação Básica compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental obrigatório de nove anos e também o Ensino Médio.
Na oportunidade, a vice-presidente da regional da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) no Piauí, Samatha Savatore, também criticou o Novo Ensino Médio. Ela alegou que antes da realização de qualquer reforma, é necessário observar a realidade dos estudantes, principalmente os das escolas públicas.
“A educação é uma das principais ferramentas de transformação social e pode mudar a vida de milhares de pessoas. Não podemos aumentar ou reforçar as desigualdades existentes no nosso país”, falou.
Novo Ensino Médio
O Novo Ensino Médio é um modelo de aprendizagem por áreas de conhecimento que propõe ao jovem opção por uma formação profissionalizante. Ele prevê aumento gradual no número de horas cursadas no ensino médio, além de reorganizar o currículo da etapa e aumentar a carga horária de 800 horas-aula por ano (o equivalente a 2.400 horas-aula em três anos) para 3.000 horas-aula ao final do ensino médio.