A Sexta-feira 13 é uma data repleta de significados, especialmente para os mais supersticiosos. Em 2023, a sexta-feira 13 caiu na segunda sexta-feira de outubro, segundo o calendário gregoriano. Na crendice popular, o dia é associado ao azar, má sorte e agouros em geral. O nome dado a quem tem medo da data é Parascavedecatriafobia. Já quem tem pavor ao número 13 sofre de triscaidecafobia.
Mas afinal, o que diz a numerologia sobre a sexta-feira 13?
A Taróloga e Terapeuta Holística, Naína Fortes, explica que a Sexta feira 13, é um dia para ancorar a força das grandes ancestrais, das nossas avós sábias que guardam profundamente na história da humanidade, dos conhecimentos dos mistérios, da magia, da alquimia e da natureza. Assim, a data permite mudanças e transformações na vida do indivíduo.
Ainda de acordo com Naína Fortes, este é dia para organizar ideias, a vida e reajustar os passos para trilhar um novo caminho, considerando desejos individuais e não o que é imposto por terceiros.
O que significa o número 13?
O número 13 representa em sua perfeição a força, determinação, fé e mudanças benéficas. O número 1 representa a unidade, Deus, o início, a inteligência cósmica, iniciativa, sabedoria e disposição. Já o 3 está ligado à autoconfiança, otimismo e liberdade. O equilíbrio das três forças universais, a tríade: Pai, Filho e Espírito Santo. A perfeição, expressa um aspecto harmonioso da criação.
“A soma desses números 1+3 = 4 representa a estabilidade, a ordem. A necessidade de firmar nossos pensamentos, emoções e despertar para o autoconhecimento a fim de trazer o equilíbrio interior e saber lidar com nossos próprios conflitos internos. Esse dia só é dia de azar para quem tem medo de se reinventar e soltar o que não precisa mais estar”, enfatiza Naína Fortes, Taróloga e Terapeuta Holística.
Gatos pretos não dão azar
Para as pessoas supersticiosas, a sexta-feira 13 é considerada uma data ligada à má sorte. Na cultura ocidental, quebrar um espelho, passar embaixo de uma escada e até cruzar com um gato preto é considerado sinônimo de infortúnio, ainda que não existam comprovações para isso. Na sexta-feira 13, muitos gatos pretos são vítimas de maus-tratos.
Segundo Isabel Moura, uma das fundadoras da Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (Apipa), ONG que acolhe animais em situação de maus-tratos e vulnerabilidade, nesta data as adoções de gatos pretos ficam suspensas no abrigo.
“Quando chega essa data, todo protetor fica desesperado com medo de acontecer, nesse dia, muito sofrimento aos animais. Até evitamos fazer adoções de gatos pretos, pois tememos que seja alguém mal intencionado. Uma vez presenciei uma senhora ‘jogando fora’ um gatinho filhote porque as pessoas da casa dela não aceitavam o bichinho porque ela preto. Isso é muito triste”, lamenta.
A protetora de animais remete esse temor a gatos pretos ao preconceito e que os animais também são vítimas de racismo. Ela destaca que, ao longo dos anos, as pessoas têm mudado esse pensamento e torce para que, em breve, mais nenhum caso de maltrato dessa natureza seja realizado. “É o racismo enraizado em todas as situações, e sobra para os animais também. Eles só querem amor. A cor não quer dizer nada, pelo contrário, o preto é lindo, é chique”, complementa Isabel Moura.
Excesso de superstições pode ser sinal de TOC
Não passar debaixo de escadas, evitar usar roupas de determinadas cores e até se benzer quando passar por um gato preto. A lista de superstições numa Sexta-Feira 13 é grande! E tem muita gente que leva a sério a data e cada uma dessas atitudes. Só que esses comportamentos podem ser considerados prejudiciais quando comprometem a rotina, o desempenho no trabalho e os relacionamentos.
É o que alerta a psicóloga Wendy Salazar. Em entrevista ao O Dia, ela afirma que superstições derivam de manias e crenças culturais. Já um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) parte da obsessão em determinados pensamentos e ações. No entanto, simples superstições podem indicar o desenvolvimento de TOC se praticadas de maneira excessiva e com grande intensidade.
O TOC é mais comum do que se imagina. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 8 milhões de pessoas sofram com esse mal no Brasil. E em dias que há um estigma de azar ou má sorte, como uma sexta-feira 13, as superstições aumentam.
Mas a psicóloga esclarece que as superstições da data não são, necessariamente, o problema. Todavia, é fundamental observar a frequência dessas atitudes. “É preciso avaliar a intensidade de determinadas ações, pois se um comportamento apresenta crescimento excessivo e a pessoa faz isso boa parte do tempo, pode ser considerado uma patologia. Porém, só se pode afirmar o diagnóstico após uma avaliação”, afirmou Wendy.