O inquérito sobre a morte do dono da Toureiro, Janes Cavalcante de Castro, foi concluído e aponta que seu irmão, Gerardo Pontes Cavalcante Neto, como o mandante do crime. Assim, Gerardo Pontes foi indiciado pela morte do empresário da rede de farmácias do Grupo Toureiro, que ocorreu no dia 18 de setembro de 2020, em Parnaíba, litoral do Piauí, e teve sua prisão preventiva decretada.
Na investigação realizada pela Polícia Civil, que durou quase três anos, Gerardo teria cometido o crime por causa da herança. Ele foi indiciado por Homicídio Qualificado, pela paga ou promessa de recompensa e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de Lavagem de Dinheiro.
Segundo os autos, ”a vítima Janes Cavalcante Castro era o filho preferido de Dona Adalaide. A mãe estava pagando todas suas dívidas, na casa dos milhões e com isso, Janes passou a trabalhar na empresa, tinha projetos com a mãe”. Desse modo, “Gerardo passou temer perder o posto de único responsável e provável herdeiro do Grupo Toureiro. Janes era inteligente e conforme a viúva destacou, a mãe tinha muito orgulho dele, por ter vencido sem precisar da Família”, diz o inquérito.
Gerardo Pontes também passou a interferir diretamente nas investigações quando percebeu que a polícia estava próxima de elucidar o crime.Por meio de seu advogado, Palha Dias, Gerardo entrou com um habeas data com o intuito de ter acesso a todos os atos sigilosos da investigação, logo após ingressou com um Habeas Corpus, com o mesmo interesse e por fim, representação na Corregedoria da Polícia Civil em razão de ter acesso a investigação. Além disso, Gerardo também recebia ajuda e informações de sua esposa, que era chefe da 1ª Vara Criminal do Júri de Parnaíba, conseguindo ficar à frente das investigações.
Veja todos os envolvidos no crime:
Gerardo Pontes Cavalcante Neto (irmão de Janes): mandante do crime
Flávio Leal dos Santos (Sócio de Gerardo): responsável por distribuir, organizar e pagar os pistoleiros que vieram de Pernambuco e Alagoas (Mário Roberto Bezerra, vulgo Nino);
Carla Mariah Galeno de Melo Leal (esposa de Flávio): cúmplice do crime, ela emprestou sua conta para Flávio fazer as transferências e receber o dinheiro do crime;
Igor Fernandes (“laranja”): emprestava o nome para cadastrar terminais telefônicos usados no crime, assim como para ocultar bens oriundos de atividades ilícitas.
Elisabeth Ruth Rangel “Beth”: cúmplice responsável por ocultar os bens do casal e efetuar os pagamentos para os pistoleiros.
O delegado Maikon Kaestner, responsável pelo caso, decretou a prisão preventiva de Mário Roberto Bezerra, vulgo Nino, que está foragido; Elisabeth Ruth Rangel; Flávio Leal dos Santos; Gerardo Pontes Cavalcante Neto e Carla Mariah Galeno de Melo Leal.
Grupo contesta decisão; veja nota
O Grupo Toureiro se manifestou, por meio de nota, e destacou que Gerardo Neto "está sendo injustamente indiciado sem nenhum motivo concreto", e que "todos estão confiantes na Justiça".
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A direção da Federação do Comércio do Piauí (Fecomércio) também emitiu uma nota ao público onde esclarece que seus diretor, Gerardo Pontes Cavalcante Neto não foi indiciado pelo crime, apenas que o delegado pediu o indiciamento e que somente o Poder Judiciário tem autoridade para indiciar algum suspeito.