A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato de Jairane Moura da Silva e seus dois filhos, João Gabriel e Vinícius Emanuel, na cidade de Paquetá, interior do Piauí. O suspeito, Geneilton Araújo, foi indiciado pelos crimes de feminicídios e dois homicídios majorados. A informação foi confirmada ao Portalodia.com pelo delegado José Neto, titular da Delegacia Regional de Picos, responsável pela investigação.

SSP PI

Polícia conclui inquérito e indicia homem que matou mulher grávida no Piauí por feminicídio

Geneilton foi preso no dia 07 de março depois de passar cinco dias foragido em uma região de mata nos arredores de Paquetá. Ele foi visto por câmeras de segurança, chegando à casa de Jairane no dia 02, quando os crimes foram cometidos. Ela e os dois filhos foram mortos a facadas. O suspeito é ex-companheiro da vítima e, segundo a polícia, não aceitaria o fim do relacionamento.

O delegado José Neto explicou que Geneilton foi indiciado pelo crime de feminicídio praticado contra Jairane, e também por homicídio qualificado praticado contra João Gabriel e Vinícius Emanuel. “Dentro do feminicídio também foi imputado ao indiciado outras duas circunstâncias que causam o aumento de pena, que seria o fato da vítima estar gestante no momento da morte, bem como o meio empregado, que foi meio cruel e impossibilitou a defesa da vítima”, explica o delegado.

Divulgação/PMPI

Mãe e filhos foram encontrados mortos dentro de casa no interior do Piauí

Quanto às crianças, Geneilton foi indiciado por homicídio qualificado, porque, além de ter usado meio cruel que também impossibilitou a defesa, as vítimas ainda eram menores de 14 anos. Foi aplicado ainda um outro fator de aumento de pena: o fato de que o suspeito era padrasto das crianças, ou seja, o grau de parentesco com as vítimas.

“É importante ressaltar que esse inquérito foi enviado ao Judiciário, mas vai passar pelo crivo do Ministério Público, que vai analisar o indiciamento e analisar, inclusive, estes tipos penais para ver se realmente são os que se enquadram no presente caso. A partir daí, o Ministério Público forma sua opinião delitiva para poder oferecer uma denúncia ou então pedir que sejam realizadas novas diligências para que o processo seja enviado ao Judiciário e o MP realize a denúncia”, finaliza o delegado José Neto.

Geneilton Alves foi preso em flagrante e teve sua prisão homologada e convertida em preventiva em audiência de custódia.