Familiares das duas crianças mortas após ingerirem cajus contaminados com terbufós, um tipo de inseticida, também foram envenenados nesta quarta-feira (1º), no bairro Dom Rufino, na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. O tio das crianças, identificado como Manoel Leandro Silva, veio a óbito após possivelmente consumir alimentos com veneno. Outras cinco pessoas da mesma família, incluindo a mãe e três irmãos das crianças, estão internadas com os mesmos sintomas de envenenamento.
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De acordo com o delegado Renato Pinheiro, uma pessoa não identificada teria doado peixes para a família na noite de ontem (31), que foram ingeridos somente no almoço de hoje. Poucos minutos após a ingestão do alimento, as vítimas teriam começado a passar mal. O arroz que teria sido consumido pela família também apresentava uma coloração estranha e foi apreendido para passar por perícia.
“O arroz apresentava uma coloração anormal, mas os familiares informaram que esse arroz tinha sido preparado na data de ontem, tinha sinais de mofo. A família começou a passar mal quase na mesma hora [em que consumiu os alimentos], apresentando sinais de intoxicação. Nós apreendemos os peixes e os cereais para serem feitos os exames periciais. As equipes de investigação estão buscando informações sobre esse indivíduo que teria doado os peixes”, afirmou o delegado.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e, ao chegar à residência, encontrou uma das vítimas apresentando quadro de convulsão. Durante o atendimento, os profissionais de saúde identificaram que toda a família apresentava sinais de intoxicação. Segundo o delegado, ainda não é possível afirmar que a morte por envenenamento das duas crianças tenha relação com o caso desta quarta-feira.
João Miguel, 7 anos, e Ulisses Silva, 8 anos morreram após serem envenenados ao comeram cajus que teriam sido doados por uma vizinha. O fato aconteceu em agosto na cidade de Parnaíba. João Miguel morreu dias depois do ocorrido, mas Ulisses ainda passou dois meses lutando pela vida e veio a óbito no dia 10 de novembro, no HUT. Os dois eram os filhos mais velhos de Francisca Maria. A mulher vive na mesma casa onde ocorreu o segundo caso de envenenamento com o restante da família, incluindo outros três filhos.
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