Dias após a morte de Mário Jorge Lobo Zagallo, o futebol perde mais um ídolo mundial. Morreu, na madrugada da última segunda (08), o alemão Franz Beckenbauer, aos 78 anos. A confirmação do falecimento, daquele que é considerado o maior jogador de todos os tempos da Alemanha, veio por intermédio da família do ex-atleta. De acordo com o comunicado, os familiares afirmaram que ele faleceu enquanto dormia.
A história e o currículo do "Kaiser"
"Kaiser", que significa imperador, foi o apelido dado a Beckenbauer devido à forma elegante com que ele jogava futebol. Um dos maiores da Alemanha como jogador, foi campeão da Eurocopa em 1972 e da Copa do Mundo em 1974.
Como técnico, Beckenbauer estreou comandando a seleção alemã em 1984, levou a Alemanha para a final, mas perdeu a Copa do México de 1986 para a Argentina. Quatro anos depois, a glória: a Alemanha conquistou a Copa do Mundo da Itália em 1990, devolvendo a derrota para os argentinos. O Kaiser ainda dirigiu o Olympique, faturando um Campeonato Francês, e comandou por duas vezes o Bayern de Munique, onde ganhou uma Copa da UEFA, atual Liga Europa, e mais um Campeonato Alemão.
Além das conquistas como jogador e treinador por clubes e seleção alemã, Beckenbauer também tem marcas individuais que somente os grandes craques possuem: duas Bolas de Ouro; premiação da revista France Football ao melhor jogador da temporada, a primeira em 1972, a segunda em 1976. Na mesma disputa; ficou duas vezes na segunda colocação - 74 e 1975. Antes, em 66, o Kaiser ficou com o terceiro lugar.
Jogador que se destacava por uma técnica extremamente refinada, aliada a uma raça que chamava a atenção, Franz Beckenbauer protagonizou na Copa de 1970, no México, uma cena jamais esquecida no mundo do futebol: jogou contra Bélgica com a clavícula quebrada.
Aos 78 anos, Beckenbauer vivia na Áustria e estava no terceiro casamento. Além da viúva, ele deixa seis filhos e uma legião de fãs pelo mundo.
Morte de Beckenbauer veio dias após o falecimento de Zagallo
Mário Jorge Lobo Zagallo morreu às 23:41 da última sexta-feira (5). O velho Lobo, tetracampeão mundial como jogador, técnico e auxiliar técnico com a Seleção Brasileira, tinha 92 anos. O Hospital Barra D'Or, onde o ídolo estava internado desde o final do ano passado, comunicou que ele não resistiu a uma falência múltipla de órgãos resultante de progressão de múltiplas comorbidades previamente existentes.
A Confederação Brasileira de Futebol decretou também luto de sete dias em homenagem à memória do seu eterno campeão. Em nota, o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues lamentou a morte da "lenda".
O velório foi na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A solenidade foi aberta ao público. O sepultamento ocorreu às 16h do último domingo no Cemitério São João Batista.