Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), revelou que 31% dos prefeitos do Piauí aptos a concorrer à reeleição mudaram de partido para as eleições deste ano. A pesquisa “A intenção de Reeleição nas Prefeituras 2024” foi divulgada na semana passada.

De acordo com as informações, 90 prefeitos piauienses responderam aos questionamentos da pesquisa. Desse total, 83 chefes do Executivo municipal, o que representa 92%, indicaram que pretendem concorrer à reeleição, enquanto sete prefeitos (8%) responderam que não vão entrar na disputa neste ano.

Tarcio Cruz / O Dia

Eleições 2024: 31% dos prefeitos do Piauí trocaram de partido na busca por reeleição

A pesquisa da CNM ressaltou ainda acerca dos prefeitos que optaram por mudar ou não de partido para concorrer às eleições. Foi registado que 26 prefeitos piauienses mudaram de partido, totalizando 31%. Já outros 57 prefeitos (69%) afirmaram que vão permanecer em suas legendas.

No cenário nacional, a pesquisa ouviu 80% dos gestores que podem se reeleger nas prefeituras brasileiras (2.753 dos 3.450). Além disso, o amostrado destacou que 34% desse público informaram a mudança de partido visando às eleições de 2024.

Outro ponto avaliado na pesquisa foi acerca das estratégicas políticas que melhor trazem resultados aos gestores municipais. Entre os que responderam, 83% apontaram ações em redes sociais particulares, 74,3% deles disseram apoio político de autoridades estaduais e federais e 71,8% listaram contato direto (corpo a corpo) na campanha.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, sinalizou que a mudança de partido pode garantir a eleição de novos prefeitos. Ele avaliou ainda as eleições municipais nos últimos 24 anos, no qual destacou o percentual de prefeitos que conseguiram se reeleger em todo o país. “Desde 2000, primeiro ano de reeleição de prefeitos no Brasil, 62% dos que buscaram o segundo mandato conseguiram se reeleger. O melhor resultado foi em 2020, com 64% de prefeitos reeleitos; e a pior taxa foi em 2016 (49%), quando o país vivia profunda crise econômica e política”, disse.