As facções criminosas que atuam no Piauí não dominam nenhum território que as forças de segurança não consigam entrar. Isso é o que afirmou o secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, durante entrevista ao programa O Dia News, da O Dia Tv, nesta quinta-feira (15). Para ele, essas organizações possuem atuação limitada dentro do sistema prisional e estão mapeadas nos municípios.
“No Piauí, não há espaço dominado. Não há um lugar no Piauí que a gente não entre. O Estado está presente. O que acontece é o Estado ausente e eles se ocupam. Quando não tem estado, você tem a criminalidade violenta”, declarou Chico Lucas. O gestor disse que os crimes violentos em Teresina, por exemplo, se concentram nas áreas de expansão da cidade onde os serviços públicos ainda são precários.
Para Chico Lucas, a violência patrocinada pelos grupos criminosos no Piauí é uma consequência da desorganização dessas facções. Como espécie de franquia, os líderes que lideram a criminalidade do Piauí são abastecidos por organizações nacionais e internacionais e recebem proteção nos seus negócios.
“O PCC não tem aqui a mesma organização que tem em São Paulo. Aqui nós temos pessoas que comercializam drogas ilícitas e compram do PCC. É como se fosse uma franquia. E eles são organizados, dão assistência jurídica e para as famílias. Mas elas não têm um nível de organização de São Paulo, o que não necessariamente é positiva. Como elas não são organizadas, elas acabam sendo mais violentas’, disse.
O secretário revelou que no primeiro momento foram mapeadas e, agora, as operações em conjunto das forças de segurança atuam para desarticular desarticulá-las. “Cada operação dessa foca em um núcleo. Por isso que fazemos em uma região, depois em outra. As vezes temos até preocupação de não desequilibrar e fazemos contra uma e contra outra”, concluiu.