Quem viveu as décadas de 70, 80 e 90 deve ter visto aos menos um trecho de algum filme de Kung Fu, especialmente os longas protagonizados por Bruce Lee – considerado o maior artista marcial de todos os tempos e ícone da cultura pop. Nas últimas décadas, a modalidade esportiva se popularizou em todo o mundo, especialmente por conta dos filmes de sucesso nas telonas. “Operação Dragão” (1973) e o “O Dragão Chinês” (1971) são grandes sucessos do cinema.
O treinador de Kung Fu Warner Lopes explica que a presença do esporte no audiovisual de Hong Kong e de Hollywood e a forte influência da cultura pop forram fundamentais para este esporte se espalhar pelo mundo. “O Kung Fu ficou famoso por causa do Bruce Lee, a gente deve muito a ele. Não só por causa dele, mas ele foi assim um grande expoente. Então, a cultura pop foi muito importante para a divulgação do Kung Fu. Os filmes de Hong Kong, que até hoje o pessoal celebra, criou toda uma cultura, que é seguida até hoje. Muita gente confunde várias coisas que apareciam nos filmes como coisas reais, por ser tão forte essa cultura e influência pop dentro das artes marciais, especialmente das artes chinesas”, afirma.
Esta modalidade chegou ao Brasil e até hoje conquista novos adeptos. É o caso da Luísa, estudante universitária. Se no início, o esporte era majoritariamente masculino, hoje há uma presença feminina maior.
“Eu fui observando as práticas, fui treinando e a cada treino eu me apaixonei mais. Então eu fiz essa escolha porque foi algo que transcendeu uma vontade de só fazer uma arte marcial. Foi uma conexão mesmo e aí eu escolhi me apaixonei pretendo continuar até onde eu puder”, complementou a praticante de Kung Fu, que agora disputa competições nacionais.
Em novembro ela vai disputar o Campeonato Brasileiro de Kung Fu, em Brasília, e vai representar o Piauí na categoria com espada - armas curtas, no caso o bastão ou a alabarda.
Prática vai além das disputas esportivas e promove saúde física e mental
Boa parte dos praticantes que buscam o Kung Fu, querem ter contato com a filosofia oriental e com o bem-estar e qualidade de vida que a prática oferece. A cultura oriental não separa o corpo da mente, e isso promove uma maior integração e consciência corporal de si mesmo e do outro.
“Eu acredito que essa é o grande trunfo, o tesouro do Kung-Fu. É o “Wu De”, que a gente chama de ética marcial, que são os valores e os princípios do Kung-Fu tradicional, a retidão, o respeito, a disciplina, a humildade e a perseverança e várias outras coisas. Mas principalmente o respeito, você se auto respeitar e respeitar o próximo. E também esse tesouro da prática de trazer de volta a sua saúde. Os chineses e os orientais pensam muito mais na prevenção da doença do que você depois se curar”, detalha o treinador Warner Lopes.
Diante da rotina corrida e estressante, em uma cidade tão movimentada como Teresina, parar um pouco e se auto perceber faz bem à saúde. O Kung Fu se torna uma opção para quem busca viver melhor. “Então as artes marciais são um modo de você fortalecer o seu corpo e o seu estado mental para que vocês tenham uma vida mais saudável, uma vida mais equilibrada”, finalizou Warner Lopes.
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