O IBGE divulgou nesta segunda-feira (09) os resultados da pesquisa de Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo referentes ao ano de 2022 e os números para o Piauí são considerados animadores. Em 2022, o Estado assistiu ao nascimento, ou seja, à criação de 5.311 empresas locais, o que resulta em uma média de cerca de 14 empresas por dia. Este é o maior nível histórico registrado desde 2015.
Os números apontam que a criação de empresas locais vinha em um ritmo regular até 2020, quando houve a pandemia de covid-19. Em 2019, por exemplo, foram criadas 3.427 unidades locais de empresas empregadoras, quantidade que reduziu para 2.658 em no ano seguinte. A queda foi de 22,4%. Em 2021, no entanto, o número de nascimento de empresas locais já havia superado o nível pré-pandemia, atingindo 4.088 empresas criadas até chegar ao patamar das 5.311 que nasceram em 2022, ano de referência da pesquisa do IBGE.
Por unidade local de empresa, o IBGE define o espaço físico onde uma ou mais atividades econômicas são desenvolvidas e que corresponde a um endereço de atuação com um sufixo específico no CNPJ.
Entre as 5.311 unidades locais de empresas empregadoras que nasceram em 2022 no Piauí, a maioria delas era do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas. Este setor concentrou 48,35% das empresas criadas. Em seguida aparecem as empresas de atividades de alojamento e alimentação, com 8,66%, construção, com 6,92%, e indústria da transformação, 6,59%.
Na outra ponta do ranking estão as empresas de indústrias extrativas, com 13 unidades abertas, empresas de águas, esgoto e atividades de gestão de resíduos e descontaminação (11 empresas), eletricidade e gás (uma empresa) e administração pública, defesa e seguridade social, com uma empresa.
Em 2022, no Piauí, havia um total de 86.686 empresas, somando-se as unidades empregadoras e não empregadoras. Destas, 30.832 unidades era, exclusivamente empregadoras, o que equivale a 35,5% do total. Elas empregavam 278.894 pessoas com um pagamento total de salários da ordem de R$ 6,75 bilhões.
O IBGE aponta ainda que o crescimento nos nascimentos de empresas empregadoras no pós-pandemia no Piauí seguiu a tendência observada no Brasil, onde o crescimento atingiu 28,44%. Entre os estados com as maiores proporções de empresas criadas estão Roraima (84,35%), Amapá (64%), Pará (57,92%), Maranhão (55,57%), Amazonas (55,45%) e o Piauí, na sexta colocação com 54,98%.
Pandemia foi o período onde quase 10% das empresas piauienses fecharam
A pandemia de covid-19 foi um período de crise tanto no setor da saúde, quanto nos setores social e econômico. Um reflexo disso foi a estagnação no crescimento da economia em diversos setores e, em alguns casos, a retração. No Piauí não foi diferente. No ano de 2020, 2.208 empresas locais morreram, ou seja, encerraram ou interromperam por pelo menos dois anos suas atividades de empresas empregadoras.
No estudo divulgado hoje (09) foram identificadas a morte de 2.208 empresas no Piauí no ano de 2020. Apesar de considerável, o número é o menor da série histórica desde 2015, representando 8,40% das empresas empregadoras ativas naquele ano e que empregavam 7.825 pessoas. Ao contrário do que se pensa, não foi na pandemia que se registrou a maior morte de empresas piauienses. Foi em 2018, quando 3.210 unidades locais encerraram suas atividades, o que representa 12,29% do total de unidades locais de empresas empregadoras daquele ano.
O IBGE mediu ainda o grau de longevidade das empresas abertas no Estado e mostrou que o número de unidades sobreviventes reduz à medida que se passam os anos. Por exemplo, das empresas abertas em 2017, 78,73% sobreviveram após um ano de existência. Na sequência, 62,68% sobreviveram após dois anos de atividade; 52,87% após três anos; 44,97% após quatro e somente 39,91% delas sobreviveram após cinco anos de atividade.
A maior taxa de sobrevivência de empresas no Piauí está no setor de Informação e Comunicação, no qual 53.49% das unidades locais empregadoras sobreviveram após cinco anos de criação. Em seguida aparecem o setor de Saúde Humana e Serviços Sociais, cuja taxa de sobrevivência é de 53,01%; e o setor de Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados, que teve uma taxa de sobrevivência de 50% após cinco anos.
Já a menor taxa de sobrevivência está entre as empresas de Artes Cultura, Esporte e Recreação, cuja taxa de longevidade após cinco anos chega a somente 20,41% das unidades empresariais.
A pesquisa do IBGE sobre a Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo estuda a dinâmica demográfica das empresas e unidades locais a partir justamente dos eventos de entrada, saída e sobrevivência. O Instituto também destaca a importância das empresas de alto crescimento na geração de postos de trabalho assalariados formais.
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