Os professores e auxiliares da rede particular de ensino do Piauí vão paralisar todas as atividades nos primeiros dias de agosto, período previsto para volta às aulas do segundo semestre de 2023. A informação foi confirmada ao O Dia pelo Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Piauí (Sinpro).
Entre as principais reivindicações dos professores e auxiliares, estão o reajuste salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado, além da valorização da categoria com a manutenção dos direitos já adquiridos. Também é solicitada a garantia do vale-alimentação para os auxiliares, entre outras demandas.
Ao O Dia, o secretário-geral do Sinpro, prof. Marcelo Amorim, destacou que a decisão dos profissionais se deu após tratativas frustradas com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí (Sinepe), a entidade patronal.
Marcelo Amorim destacou que o Sinepe não concordou com a proposta de reajuste salarial dos professores e auxiliares da rede particular de ensino.
“Eles [o Sinepe] contestaram o nosso processo de dissídio coletivo. A maneira que a contestação deles vai trazer um prejuízo tremendo para o Sinpro, porque a legislação coloca que o dissídio econômico precisa da anuência do sindicato patronal”, disse Marcelo Amorim.
O Sinpro informou que possui postos espalhados ainda nas cidades de Parnaíba, Floriano e Picos, onde não descartou que a paralisação também se estenda para esses municípios. Entretanto, o foco será resumido na capital, cidade onde decide deliberações em assembleias do Sinepe.
Inicialmente a paralisação das atividades de professores e auxiliares começará nos dias 04 e 05 de agosto. Caso não haja diálogo com o sindicato patronal, o Sinpro afirmou que haverá uma nova assembleia para a deliberação de uma greve geral por tempo indeterminado.
Outro lado
O Sistema O Dia entrou em contato com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí (Sinepe) para mais detalhes sobre o caso, porém até o fechamento desta matéria ainda não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Com edição de Nathalia Amaral.