A estudante L.M.G.L, 17 anos, que atirou no ex-namorado, João Lucas Campelo, dentro do colégio CPI, em Teresina, vai passar hoje por audiência. Na ocasião, ela será apresentada em juízo e ao representante do Ministério Público, que fará a acusação. A jovem está internada provisoriamente no Complexo de Defesa da Cidadania (CDC) e permanece em silêncio.
Em entrevista nesta manhã (05), a delegada Daniela Dinali, que preside o inquérito, disse que já esteve com a estudante, mas que ela continua exercendo seu direito constitucional de permanecer calada. Daniela afirmou que ela está bastante abalada psicologicamente e que está passando por acompanhamento com uma equipe profissional neste sentido. Ela confirmou que L.M.G.L é diagnosticada com transtorno de ansiedade e que apresentou todos os laudos médicos que comprovam seu quadro.
Ação premeditada e com materialidade comprovada
Para a delegada que preside o inquérito não há mais dúvidas da autoria e da materialidade do fato. A ação foi comprovadamente premeditada e a adolescente já foi para a escola na intenção de cumprir a ameaça feita no dia anterior a João Lucas. “Constatamos a materialidade, e a autoria ficou comprovada. Vamos prosseguir com o auto de apreensão em flagrante delito e vamos concluí-lo o mais rápido possível. A motivação inicial foi ciúmes por parte dela”, explicou Daniela Dinali.
L.M.G.L e João Lucas estavam namorando há apenas um mês e segundo os relatos prestados pela mãe do garoto à polícia, o relacionamento era bastante conturbado. João Lucas quis terminar, mas a jovem teve dificuldade em aceitar a decisão do rapaz. Ainda ontem ela teria feito ameaças de morte a João, o que, segundo a polícia, foi concretizado dentro da escola.
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Internação pode ser mantida mesmo depois de a jovem atingir a maioridade
L.M.G.L tem 17 anos e o ato praticado por ela é tipificado como ato infracional análogo a tentativa de homicídio. Por ser menor de idade, ela cumprirá medida de internação socioeducativa se assim a justiça entender que deve ser feito. Mas mesmo que complete a maioridade no ano que vem, a estudante deverá continuar com a medida de internação.
Foi o que explicou a delegada Daniela Dinali. O período de internação quem vai dizer é o juiz que analisar o caso.
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