O estudante João Lucas Campelo, que foi baleado ontem (04) dentro do Colégio CPI, no Centro de Teresina, segue internado no Hospital de Urgências de Teresina (HUT) em estado grave. A informação foi confirmada pela assessoria da unidade de saúde nesta manhã (05). O quadro do adolescente de 16 anos não teve melhora considerável, mas também não apresentou pioras. João Lucas segue estável.
De acordo com a delegada Daniela Dinali, que preside o inquérito, o disparo atingiu o estudante na boca e o projétil está alojado na coluna. O estado de saúde de João Lucas, segundo ela, é considerado de extrema gravidade e ele corre o risco de ficar paraplégico. Por enquanto, ele não foi submetido a nenhum procedimento cirúrgico e uma junta médica está avaliando como deverá proceder.
O projétil é de uma pistola 9 milímetros de uso restrito das Forças de Segurança. A arma pertence ao pai da aluna autora do disparo, L.M.G.L, de 17 anos. Ela foi conduzida para a Central de Flagrantes para ser ouvida e ainda ontem foi transferida para cumprir internação no Complexo de Defesa da Cidadania. Ela deve responder por ato infracional análogo a tentativa de homicídio.
Além da arma, também foi apreendida na mochila da estudante uma arma branca do tipo peixeira. O crime, segundo a polícia, teria sido motivado por desavenças no relacionamento entre João Lucas e L.M.G.L. Ele era ex-namorado da adolescente e os dois já teriam tido uma discussão no dia anterior ao crime porque supostamente ele teria dito que queria terminar a relação com ela.
De acordo com o delegado Tales Gomes, diretor de Operações Especializadas da Polícia Civil, L.M.G.L teria inclusive feito ameaças a João Lucas e dito que o mataria caso ele terminasse o namoro com ela. O jovem apresentava escoriações pelo corpo resultado de uma suposta luta corporal travada com a adolescente no dia anterior ao ocorrido no colégio.
Após atirar em João Lucas, L.M.G.L teria saído da escola e procurado refúgio em uma farmácia de manipulação próxima. Segundo informou o delegado Tales, ela teria confessado a um funcionário que havia matado um colega de escola e pediu que chamassem a polícia. Logo em seguida, a jovem deixou o estabelecimento e saiu em direção ao 25 BC, onde foi interceptada por funcionários da escola que a reconheceram fardada.
O caso está sob investigação pela Delegacia de Segurança e Proteção ao Menor (DSPM).
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