A Fundação Municipal de Saúde (FMS) descartou laboratorialmente os dois casos suspeitos de febre maculosa que estavam em investigação aqui na capital. Com o descarte dos diagnósticos, Teresina continua sem ser uma área endêmica para a ocorrência da doença. Apesar dos casos suspeitos terem sido descartados, as autoridades em saúde lembram que a vigilância permanece constante.
Isso porque, até o dia 14 de junho, haviam sido registrados 12 casos de febre maculosa no Estado de São Paulo. Quatro evoluíram para a cura e seis, para óbito. A maior concentração de casos foi identificada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e, de maneira geral, ocorrem de forma esporádica.
O que é a Febre Maculosa
O diretor de Vigilância em Saúde da FMS, o médico Walfrido Salmito, explica que a Febre Maculosa Brasileira é uma doença infecciosa febril aguda causada por bactérias transmitidas por carrapatos. “É uma doença que tem gravidade variável, que pode ter formas leves e atípicas até formas mais graves com elevada taxa de letalidade. Sua transmissão se dá por carrapatos do gênero Ablyomma, conhecido como carrapato-estrela quando ele permanece aderido ao hospedeiro por quatro a seis horas”, explica Walfrido.
A Febre Maculosa não é transmitida de pessoas para pessoa e o período de incubação é de dois a 14 dias.
Vale lembrar que a Febre Maculosa é uma doença de notificação compulsória, ou seja, todo evento suspeito deve ser prontamente comunicado às autoridades competentes em até 24 horas após a suspeita inicial. A notificação é registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde, por meio de Ficha de Investigação de Febre Maculosa.