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DPCA investiga abandono de recém-nascido em sacola de lixo no Parque Piauí

De acordo com o delegado Hugo Alcântara, o boletim de ocorrência já foi encaminhado à delegacia e já há policiais em campo.

19/06/2024 às 08h22

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DCPA) de Teresina iniciou as investigações acerca do abandono do bebê recém-nascido que foi encontrado em uma sacola de lixo na porta de uma igreja no Parque do Piauí. A informação foi confirmada ao Portalodia.com pelo delegado Hugo Alcântara.

De acordo com ele, a DPCA já recebeu o boletim de ocorrência da Central de Flagrantes. “Já repassei a missão aos policiais e nossos agentes já estão em campo colhendo as primeiras informações sobre o fato. Trata-se de abandono de vulnerável. Vamos ouvir testemunhas, colher todos os depoimentos e analisar imagens de câmeras que podem ter registrado o ocorrido”, explicou o delegado.

Boletim de Ocorrência sobre o caso foi recebido pela DPCA - (Arquivo O Dia) Arquivo O Dia
Boletim de Ocorrência sobre o caso foi recebido pela DPCA

A bebê foi encontrada por fiéis do Centro Paroquial São João Paulo II em uma sacola de lixo em frente à Igreja São João Batista no dia 13 de junho. Segundo relatou a professora Albertina Gonçalves, que participou do resgate, populares viram “uma mulher de idade” deixando a criança no local. Em seguida, ouviram o choro e chamaram e o padre, que acolheu a bebê e a encaminhou com os demais fiéis para o hospital.

A bebê foi acolhida pela equipe de obstetrícia na Maternidade do Hospital Geral do Promorar, foi higienizada, passou por exames e permaneceu internada na unidade recebendo os primeiros cuidados. O Conselho Tutelar está acompanhando o caso. De acordo com Melquisedeque Fernandes, conselheiro da Zona Sul, ela deverá ser encaminhada para acolhimento institucional caso não encontrem ninguém de sua família extensa.

Bebê foi acolhida pela equipe de obstetrícia da Maternidade do Hospital Geral do Promorar - (Reprodução/Whatsapp) Reprodução/Whatsapp
Bebê foi acolhida pela equipe de obstetrícia da Maternidade do Hospital Geral do Promorar

“A polícia faz o trabalho investigativo e nós do Conselho acompanhamos o acolhimento dela. Se ninguém da família for localizado, ela segue para algum abrigo e então a justiça vai decidir qual será seu destino. É uma recém-nascida que está recebendo todos os cuidados e está sendo amparada. Nossa rede de proteção está atuando para não deixá-la sem assistência”, explicou o conselheiro.

A polícia ainda não informou os prazos que terá para concluir o inquérito. A investigação na DPCA segue no sentido de tentar localizar alguém da família do bebê e encontrar quem o abandonou na porta da igreja. O crime que se configura, segundo o delegado, é abandono de incapaz, cuja pena por ir de seis meses a três anos de prisão. Se o abandono resultar em lesão corporal de natureza grave, a pena pode subir de um a cinco anos.


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