A greve dos motoristas e cobradores do transporte público de Teresina continua amanhã, na quarta-feira (14), após nova assembleia da categoria realizada hoje (13). Durante o encontro, os trabalhadores definiram uma proposta de reajuste salarial de 12%, além de R$ 800 de ticket alimentação e R$ 130 de auxílio-saúde.
A proposta será formalmente apresentada nesta quarta-feira (14) à desembargadora Liana Ferraz, do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI), responsável por mediar o conflito entre os trabalhadores e o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (Setut).

“Eles disseram que a proposta inicial [de 50%] é irreal, que foge da realidade. Mas o que propomos está dentro do que é possível. A cidade está com a frota desgastada, nossos salários estão entre os mais baixos das capitais do país. Mesmo assim, estamos agindo com consciência”, afirmou Antônio Cardoso, presidente do Sintetro-PI (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários).
Segundo Cardoso, a greve pode ser suspensa temporariamente se houver interesse das empresas em negociar com base na proposta apresentada pela categoria. “Se o Setut e a Strans se mostrarem abertos ao diálogo, podemos suspender a greve enquanto as negociações avançam. Mas, por enquanto, a paralisação continua”, declarou Cardoso.
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Decisão judicial mantém frota mínima em operação
O TRT-PI já havia determinado que as empresas de transporte coletivo mantivessem 80% da frota nos horários de pico e 40% nos demais períodos, durante a greve. No entanto, passageiros relatam dificuldades para encontrar ônibus circulando.
Diante da situação, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) autorizou o cadastramento de vans para atuarem de forma emergencial no transporte alternativo. A tarifa é única, de R$ 4,00, mas sem direito à meia-passagem ou gratuidade para estudantes e pessoas com deficiência.
A categoria reivindica reajuste salarial, estagnado há três anos, segundo o sindicato, além de melhorias no ticket-alimentação e no auxílio-saúde
A expectativa agora é pela análise da proposta por parte da Justiça do Trabalho e do Setut. Até lá, a greve continua, e os usuários do transporte público seguem enfrentando dificuldades para se deslocar pela capital.
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