O empresário Junno Pinheiro Campos de Sousa divulgou, nesta quinta-feira (8), nota explicativa por meio de uma de suas empresas alegando que foi vítima de concussão, extorsão e abuso de poder por parte do promotor Maurício Verdejo, investigado na “Operação Iscariotes”. O promotor é titular da 6º Promotoria Criminal de Picos e, segundo as investigações, é suspeito de pedir R$ 3 milhões como vantagem indevida para arquivar um processo de investigação em desfavor do empresário.
Deflagrada nessa quarta-feira (7), a operação resultou na apreensão de R$ 900 mil, bem como foram apreendidos também alguns documentos e aparelhos eletroeletrônicos na casa do investigado. A ação foi realizada pela Polícia Federal no Piauí (PF) e o Ministério Público do Piauí (MPPI), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ/MPPI).
No documento, o empresário afirma que tem “absoluta convicção de não ter praticado qualquer ato ilícito, essas acusações e ameaças, sem qualquer fundamento ou base probatória, estão sendo questionadas legalmente perante o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí”.
Junno Pinheiro destacou ainda que perante à coerção que estava sofrente do investigado, resolveu por tomar as medidas cabíveis ao caso e denunciar as autoridades competentes para darem seguimento as investigações, como a PF e o MPPI.
O empresário finalizou ressaltando que vai fornecer todas as informações necessárias, auxiliando no processo de investigação as autoridades locais.
Confira a nota na íntegra:
“O Grupo Imagem, atendendo aos inúmeros pedidos de manifestação e esclarecimentos solicitados pela imprensa após a Operação “Iscariotes", deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Procuradoria Geral do Ministério Público Estadual, vem a público informar que estava sendo vítima de atos criminosos de concussão, extorsão e abuso de poder.
O Diretor Geral do grupo foi abordado por uma autoridade pública que ameaçou implicá-lo criminalmente em falsas denúncias e investigações fabricadas relacionadas a licitações, caso não pagasse valores indevidos.
Apesar do grupo ter absoluta convicção de não ter praticado qualquer ato ilícito, essas acusações e ameaças, sem qualquer fundamento ou base probatória, estão sendo questionadas legalmente perante o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, onde, certamente, tudo virá à luz e as motivações não republicanas serão reveladas, como no caso da operação de ontem. Reiteramos que o acontecido foi um ato isolado, praticado por um membro do Ministério Público que agiu em desrespeito ao espírito republicano do órgão.
Este membro exigiu dinheiro para não atacar a idoneidade do Grupo Imagem e de seus sócios, utilizando-se de investigações fabricadas e operações midiáticas destinadas a ferir a honra dos proprietários do Grupo.
Diante dessa agressiva extorsão, o Diretor Geral do Grupo Imagem não teve outra alternativa senão denunciar o caso às autoridades competentes, incluindo a Polícia Federal e o Ministério Público. Como resultado, foi deflagrada a operação conjunta "Operação Iscariotes".
Em razão do segredo de justiça, no momento, não podemos fornecer maiores detalhes. Continuamos comprometidos em oferecer serviços de qualidade e manter a confiança de nossos clientes. Agradecemos o apoio e a compreensão de todos durante este período difícil, especialmente o apoio institucional dos policiais federais, membros do Ministério Público e do Poder Judiciário do Estado do Piauí."
Atenciosamente,
Grupo Imagem.
MPPI se manifesta
O Ministério Público do Piauí (MPPI), por sua vez, se manifestou perante a realização da Operação Iscariotes, que teve como objetivo o cumprimento de mandado de busca e apreensão em desfavor do promotor de justiça.
O órgão reiterou o papel da instituição como representante dos “interesses sociais, a integridade na Administração Pública e o combate ao crime e à corrupção, trabalhando de forma imparcial pela promoção da Justiça”.
Por fim, o MPPI destacou que continuará cumprindo seus deveres e atribuições, independentemente do investigado, com o compromisso de zelar pela justiça.
Entenda o caso
Um promotor de justiça do Piauí foi alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão nessa quarta-feira (7) em Teresina. A suspeita é que ele tenha exigido vantagem indevida no valor de R$ 3 milhões para arquivar um processo de investigação contra um empresário e, com isso, utilizar de má-fé o cargo. A ação foi realizada pela Polícia Federal no Piauí (PF-PI) e o Ministério Público do Piauí (MPPI), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ/MPP).
De acordo com as informações, a vítima procurou a PF e relatou à autoridade policial que havia sido abordada pelo promotor de justiça em um restaurante, ocasião em que o investigado teria dado o prazo de poucos dias para que a vítima pagasse a expressiva quantia para não ser mais investigada.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.