O mês de janeiro é marcado pela correria dos pais em busca do material escolar dos filhos. Além das idas às papelarias para a compra de cadernos, lápis, mochilas, entre outros itens, ainda tem a visita às feirinhas, para aquisição dos livros. Uma verdadeira peregrinação a procura de descontos e preços baixos.

E para tornar essa procura mais prática, surgiram os grupos de venda e troca de livros usados. Uma alternativa cômoda para aqueles pais que precisam vender os livros antigos ou estão em busca de exemplares da nova série que o filho irá cursar. Por meio de aplicativo de mensagem instantânea, os pais enviam as fotos do material que desejam passar para frente e dos que estão procurando. Os interessados retornar as mensagens, negociam valores e, se tudo estiver dentro dos confortes, fecham o negócio.

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Grupos em aplicativo de mensagem criado por pais facilitam compra e venda de livros

Em Teresina, o grupo ‘Compra e venda de livros’ foi criado pela empresária Ana Gabrielly Nogueira (29) há alguns anos e tem dado muito certo. A administradora da comunidade conta como surgiu a ideia de criar esse local online específico para venda e troca de livros e se realmente dá para economizar.

“Assim que criei o perfil ‘Onde tem Teresina’, no Instagram, que serve como um catálogo de Teresina, criei também o grupo de livros, e deu muito certo. Atualmente, temos dois grupos, com mais de mil membros, e é possível, sim, economizar”, comenta.

Ana Gabrielly destaca que comprar ou trocar livros no grupo pode gerar uma economia maior, em comparação às negociações feitas em feirinhas de livros, por exemplo. Isso acontece porque os pais fazem as negociações entre si, vende por valores mais baixo ou trocam dois livros por um. Apesar do grupo ajudar muitos pais, a administradora ressalta que as feirinhas de livro são bastante significativas.

“A feirinha presencial é super importante, inclusive temos nesses grupos membros da feirinha do Fripisa, o que é bom, porque as pessoas conseguem o contato desse pessoal e, quando os pais enviam no grupo que precisam de determinado livro, eles estão atentos e fazem a venda deles. Isso facilita tanto para o pessoal da feirinha realizar a venda, a troca, a compra de livros que a demanda de saída é maior, como também facilita muito a vida dos pais”, explica Ana Gabrielly. O grupo costuma ficar desativado ao longo do ano, sendo ativado no mês de dezembro, época que os pais iniciam a procura pelos livros e materiais escolares dos filhos.

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Grupos em aplicativo de mensagem criado por pais facilitam compra e venda de livros

O grupo é aberto e os pais com filhos em qualquer ano escolar podem participar. No espaço, os pais enviam mensagens com o nome dos exemplares que estão procurando ou divulgam os livros que estão vendendo ou trocando, e os interessados fazem a negociação no privado.

“A negociação geralmente não acontece ali no grupo, para não atrapalhar as conversas. A partir do momento que a pessoa posta o que ela está vendendo ou o que quer comprar, as conversas acontecem no privado. Os pais só não consegue a lista toda quando os livros são renovados, que acontece ocasionalmente, daquele livro ser uma nova edição, aí, realmente, tem que ser da livraria. Mas, nos outros casos, a gente consegue, principalmente paradidático, que é mais fácil, não precisa pagar e geralmente não é renovado”, conclui Ana Gabrielly, administradora do grupo.

Queima de estoque e volta às aulas movimentam comércio em janeiro

Com o início do ano, passadas as comemorações e as trocas de presentes do Natal e Ano Novo, o comércio já renova os estoques em suas lojas, apresentando as novidades de 2025. E para abrir mais espaço nas prateleiras, os lojistas investem nas famosas “liquidações” e “saldões” de começo de ano, com grandes descontos para atrair o consumidor.

O vice-presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindilojas/PI), Leonardo Viana, aponta que a prática é uma tradição dos lojistas, além de uma excelente oportunidade para os consumidores aproveitarem preços especiais.

Outro ponto que gera destaque no varejo local, segundo Leonardo, é a proximidade do retorno às aulas, que deve acontecer em fevereiro na maioria das unidades de ensino. Segundo o representante do Sindilojas/PI, janeiro é o mês em que os pais mais buscam por produtos escolares, o que também se reflete na compra de outros produtos para as crianças.

“O comércio vive também a expectativa da volta às aulas, um período também muito importante em vendas, onde as livrarias terão seus horários estendidos por mais uma hora, podendo assim facilitar a vida dos pais. Agora a compra de livros, mochilas, tênis e acessórios para as escolas também se intensifica, e a expectativa é positiva para o setor”, destacou.