Na manhã desta terça-feira (22), a Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI) deflagrou mais uma fase da 'Operação Interditados', que tem como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão em vários estabelecimentos comerciais, entre eles o Shopping da Cidade, no Centro de Teresina.
Dessa vez estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo três no Shopping da Cidade, uma na Galeria Center, também em Teresina, e outro na cidade de Altos. Durante a operação, foram apreendidos aparelhos celulares, eletrônicos e quantia em dinheiro.
De acordo com Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI), durante a investigação foi verificado que alguns dos celulares recuperados, em operações anteriores, foram adquiridos nessas respectivas lojas, resultando, assim, na interdição dos estabelecimentos.
“Essas lojas começaram a ser investigadas porque as pessoas que foram intimidas a entregar os celulares informaram que compraram os celulares nessas respectivas lojas, que sofreram busca e apreensão na data de hoje”, explicou o delegado.
Agora, a Polícia Civil vai encaminhar o material apreendido para a Receita Federal, onde os proprietários serão intimados a apresentar comprovações da origem dos produtos apreendidos. Segundo Eduardo Leite, auditor fiscal da Receita Federal, entre as apreensões estão aparelhos contrafeitos (replicados sem a autorização das marcas) e descaminhados (que entram no país de forma ilegal), além de acessórios para celulares.
"São produtos que ostentam marcas que não lhes pertencem e outros descaminhados. Costumamos falar 'contrabando', de forma geral, mas os produtos que têm autorização para entrar no Brasil, mas entram da forma incorreta são chamados de descaminho. São muitos produtos que sequer tiveram seus impostos pagos", disse o auditor
A operação realizada hoje (22) é a quarta fase da ação conjunta da SSP-PI, por meio da Polícia Civil e Polícia Militar, e em parceria com a Receita Federal.
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Polícia investiga venda de celulares com nota fiscal falsificada
Durante a quarta fase da Operação Interditados, a Polícia Civil investiga ainda pessoas que falsificavam notas fiscais de aparelhos celulares.
Segundo o delegado Matheus Zanatta, essas pessoas já foram intimadas e serão indiciadas por furto e intercepção. “Algumas pessoas que fizeram a revenda desses celulares, os lanceiros, como forma de persuadir e enganar o cidadão que estava comprando esse celular, entregam uma Nota Fiscal falsa. Foram vários casos, inclusive, essas pessoas que fizeram a revenda desses celulares com nota fiscal falsa foram indiciadas por furto e interceptação qualificada”, disse.
A procedência das informações presentes na nota fiscal podem ser verificadas no Portal da Nota Fiscal Eletrônica. Outro detalhe que a polícia chama atenção é com relação ao selo da Anatel, que também costuma ser falsificado e é aplicado em carregadores de celulares com baixa qualidade, o que pode apresentar risco à população.
“É possível consultar o selo da Anatel para verificar a regularidade do produto. Esse é um outro crime e vemos muito isso sendo feito em carregadores de celular. Isso representa um risco muito grande, pois são produtos com qualidade inferior, por isso vemos casos de pessoa que morrem ou sofrem graves lesões”, ressaltou.