No Piauí, o PSD pode ser unificado nas figuras do presidente regional Júlio César e em seu filho, Georgiano Neto – deputado estadual pelo MDB. Todas as decisões partem dos dois. No entanto, sem discurso pronto e estratégia definida para 2024 em Teresina, todas as alas resolveram colocar seus interesses pessoais à frente.
Veja os caminhos defendidos pelas alas do PSD:
Cenário 1 - O vereador Ismael Silva nunca seguiu a cartilha do partido, mas permanece no PSD e tem a amizade e simpatia de Georgiano Neto. Nos últimos dias ele deixou claro que não vota em candidato do PT e não perde a oportunidade de postar fotos ao lado de Silvio Mendes. Ismael trabalha com a possibilidade de permanecer na sigla, onde seria mais fácil viabilizar sua reeleição, e votar em Silvio Mendes.
Cenário 2 - Renato Berger já deixou claro que não quer sair do partido. Ele encontrou apoio na sigla após sentir-se abandonados pelos tucanos. Além de não querer deixar o PSD, ele também não vai deixar a Prefeitura. O sonho de Berger é levar o PSD para os braços de Dr. Pessoa. Na prática, é quase impossível de ser realizado.
Cenário 3 – O presidente municipal da sigla, Vinício Ferreira, e outros nomes do partido, querem ver logo o partido abraçado com o candidato do Palácio de Karnak. Neste cenário, o PSD inclusive poderia lutar pela vice do petista em 2024. Simone Pereira, filiada ao MDB mas com alma do PSD, é o nome colocado à mesa de negociações.
Cenário 4 – O deputado federal Marcos Aurélio Sampaio segue com sua pré-candidatura própria pelo partido ao Palácio da Cidade. Aparentemente, nem seu pai acredita na viabilidade do projeto, uma vez que Themístocles tenta emplacar Paulo Márcio como nome pelo MDB.
Decisão
A decisão certamente partirá de Júlio César e Georgiano Neto. E sem candidatura própria viável ao Palácio da Cidade em 2024, ambos já articulam no presente de olho em 2026, quando a família vai de fato enfrentar as urnas.