Os quatro acusados de agenciarem
e executarem o assassinato do empresário Epaminondas Coutinho Feitosa foram condenados
pelo crime de homicídio triplamente qualificado com penas que variam de 26 a 30
anos de reclusão. Os réus foram submetidos ao Tribunal do Júri e a sentença foi
publicada nesta quinta-feira (08). As penas somadas ultrapassam os 110 anos de prisão.
De acordo com o documento, o
Conselho de Sentença acatou todas as acusações contra os réus Tiago Osório
Cavalcante, Yago Osório Cavalcante, Irinaldo José do Nascimento, conhecido como Teté, e Manoel dos
Santos Matos, conhecido como Santinho. Segundo a denúncia do Ministério Público, os irmãos Tiago e Yago
agenciaram a morte do empresário e foram os responsáveis por contratarem Irinaldo e Manoel para executarem o crime. Os irmãos, inclusive, foram flagrados em imagens de câmeras de segurança nas proximidades do local do assassinato.

Foto: Arquivo Pessoal
O empresário Epaminondas Coutinho
foi morto a tiros em 08 de junho de 2013, quando chegava em casa com o filho,
na cidade de Picos. Além dos quatro réus, a viúva do empresário, Antônia Sousa
de Andrade Rocha, já havia sido condenada pela Justiça, em 2015, a 26 anos de
prisão por ser a mandante do crime.
Para fixar as penas, a juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho levou em consideração, entre outros fatores, o fato do crime ter sido cometido
nas proximidades da casa da vítima, bem como em horário em que ocorria um
evento particular na vizinhança no qual participavam outras pessoas, dentre
elas crianças, e algumas delas encontravam-se na rua no momento dos disparos
contra a vítima.
A partir disso, Irinaldo José do
Nascimento e Manoel dos Santos Matos foram condenados por homicídio cometido
mediante pagamento ou promessa de recompensa, por meio cruel e mediante recurso
que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. Irinaldo José do
Nascimento foi condenado a 26 anos, 4 meses e 13 dias de reclusão, enquanto Manoel
dos Santos Matos foi condenado a 26 anos, 4 meses e 13 dias de reclusão pelo
homicídio triplamente qualificado e 1 ano e três meses de prisão por posse
ilegal de arma de fogo.
Já Tiago Osório Cavalcante foi apontado como sendo o agenciador
e ter encomendado a morte do empresário. Ele foi condenado a 30 anos de reclusão.
O irmão de Tiago, Yago Osório Cavalcante, foi condenado a 28 anos e sete
meses de reclusão pelos mesmos crimes.
Os réus Irinaldo e Tiago devem cumprir a pena inicialmente em regime fechado. Manoel é considerado foragido pela Justiça e teve a sua prisão preventiva decretada. Enquanto Yago foi solto pela Justiça decretada no decorrer do processo e poderá recorrer da sentença em liberdade.
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