Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

13 de maio: 136 anos da Lei Áurea levanta reflexões sobre o racismo no Brasil

O dia 13 de maio divide opiniões, se deve ou não ser celebrado baseado em reflexões dos desafios raciais que Brasil enfrenta até os dias atuais

13/05/2024 às 12h40

Nesta segunda-feira (13), o Brasil rememora o Dia da Abolição da Escravatura. A data marca 136 anos da promulgação da Lei Áurea, que resultou no fim da escravidão no país. Entretanto, o dia 13 de maio divide opiniões, se deve ou não ser celebrado baseado em reflexões dos desafios raciais que Brasil enfrenta até os dias atuais.

Segundo relatado por historiadores, a abolição da escravidão no Brasil não foi um processo linear, mas sim resultado de burocrático e extenso debate político, econômico e social. Desde o início do século XIX, movimentos abolicionistas ganharam força, pressionando o Império, na época governado pela princesa Isabel De Orleans e Bragança, pela emancipação dos escravos. Várias leis anteriores foram promulgadas, como a Lei Eusébio de Queirós (1850), que proibiu o tráfico transatlântico de escravos, a Lei do Ventre Livre (1871), que declarou livres os filhos de mulheres escravizadas nascidos a partir daquela data e a Lei dos Sexagenários (1885), que concedia alforria aos escravos idosos, que tinham mais de 60 anos.

13 de maio: 136 anos da Lei Áurea levanta reflexões sobre o racismo no Brasil  - (Freepik ) Freepik
13 de maio: 136 anos da Lei Áurea levanta reflexões sobre o racismo no Brasil

Mas, por outro lado, a Lei representou o ponto culminante desse movimento abolicionista. Ela foi resultado de uma série de pressões internas e externas, como o enfraquecimento do sistema escravista devido à crescente industrialização, as pressões internacionais contra a escravidão e a mobilização popular.

Em outra perspectiva, apesar de ser um marco histórico importante, a Lei Áurea não foi capaz de garantir uma verdadeira inclusão social e econômica para os ex-escravizados. Muitos foram abandonados à própria sorte, sem acesso à terra, moradia, educação ou emprego digno, o que perpetuou condições de pobreza e marginalização para muitos descendentes de africanos no Brasil. Diante disso, ao invés de celebrar, o dia 13 de maio se tornou o dia para refletir acerca dos desafios que a população de pretos e pardos enfrentam na sociedade brasileira nos dias atuais.

________________________

Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade.

Com edição de Ithyara Borges