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Bolsonaro pretende manter líder do governo que foi alvo de operação da PF

Bezerra e seu filho foram alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Luis Roberto Barroso, do STF.

26/09/2019 08:07

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deve continuar na liderança do governo no Senado. O anúncio feito pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, nesta quarta-feira (25).

Bezerra Coelho e seu filho, o deputado federal Fernando Coelho Filho (DEM-PE), foram alguns dos alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 52 mandados na quinta-feira (19).

Questionado sobre a situação de Bezerra Coelho, Rêgo Barros disse que Bolsonaro já se manifestou sobre o assunto em uma entrevista publicada pelo Correio Braziliense

"Sobre esse assunto, em recente entrevista, o presidente disse: 'É preciso de algo mais concreto. Não posso tirá-lo de lá com uma busca e apreensão de um processo antigo e que nós já sabíamos que existia'", afirmou o porta-voz. 

Na entrevista, Bolsonaro também disse que Bezerra Coelho "tem todo o direito de se defender". "[Ele] tem feito, até o presente momento, um brilhante trabalho para nós, dentro do Senado. É uma função ingrata, difícil, dá trabalho conversar com parlamentares dos mais diferentes matizes", disse o presidente na entrevista.

Parlamentar experiente, Bezerra chegou a ser ministro da Integração Nacional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 


Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deve continuar na liderança do governo no Senado. Reprodução

Os fatos investigados no âmbito da operação da semana passada são do período em que o senador, então no PSB, fazia parte da equipe ministerial da petista. Um dos focos são as obras de transposição do rio São Francisco. 

Ao blindar Bezerra, Bolsonaro preserva seu principal articulador político no Senado, onde está tramitando atualmente a reforma da previdência –principal pauta da agenda econômica do governo. 

O inquérito apura desvio de dinheiro público de obras na região Nordeste, envolvendo os parlamentares e quatro empresas, entre elas a OAS. A operação foi batizada como Desintegração. 

O senador não é o único aliado citado em investigações que Bolsonaro decidiu manter em sua equipe.

A Polícia Federal vê, por exemplo, elementos de participação do ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) numa fraude de candidaturas de laranjas do PSL na eleição de 2018. O esquema de candidaturas de laranjas foi revelado pela Folha. No entanto, Bolsonaro tem mantido o ministro no cargo. 

Fonte: Folhapress
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